Capoeira Paz no Mundo
Filme documenta uma homenagem ao diplomata Sérgio Vieira de Mello e destaca a importância da Capoeira ser apoiada por uma política pública específica
Realizado com o apoio do Ministério da Cultura, o documentário Capoeira Paz no Mundo presta uma homenagem ao diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto num atentado terrorista no dia 19 de agosto de 2003, em Bagdá, na sede local da Organização das Nações Unidas (ONU).
O vídeo apresenta o ato em memória ao embaixador, promovido no Victoria Hall Theatre, em Genebra, um ano após a sua morte, e que destacou a importância da Capoeira ser apoiada por uma política pública específica.
Por ocasião do evento, o ministro Gilberto Gil relacionou a ação diplomática e a manifestação cultural como capazes de construir espíritos de camaradagem, inclusão, diálogo e paz no mundo.
Também são exibidos, ao longo do filme, depoimentos de alunos e mestres capoeiristas, que descrevem a importância da Capoeira como fator de integração.
Fonte: MinC
O documentário Capoeira - Paz no Mundo está dividido em cinco partes que podem ser assistidas nos linques abaixo:
Parte 01 Parte 02 Parte 03 Parte 04 Parte 05 (as cinco partes do filme são arquivos de vídeo do tipo *WMV)
Sinopse
Esse documentário, realizado em Genebra, Suíça no dia 19 de agosto de 2004, em homenagem ao brasileiro Sérgio Vieira de Mello embaixador da ONU, um ano após a sua morte em Bagdá no Iraque, também destaca a importância da Capoeira ser apoiada por uma política pública específica.
Gênero Documentário
Diretor André Luis Oliveira
Elenco Gilberto Gil, Kofi Annan...
Ano 2004
Duração 25'26''
Cor Colorido
País Brasil
*O filme pode ser assistido com Windows Media Player, no entanto, o OutroCine recomenda o Media Player Classic, que, além de ser programa de código aberto, gratuito, é muito menor que o programa da Microsoft. Também serve como player de DVD, suporta legendas AVI, formatos QuickTime, RealVideo, WMV, entre outros.
quarta-feira, 26 de março de 2008
sábado, 15 de março de 2008
O Homem, a sua Solidão e o Peixe
O Aquário que nos Separa
O Homem e sua Solidão. O que pode ser pior que ser só sem ao menos ter se optado por isso? Alie isto a uma longa jornada de trabalho monótono e repetitivo. Adicione muito tédio. Pronto. Um simples peixinho-dourado pode se tornar o seu melhor amigo. A produção francesa Le Poisson Rouge traz como protagonista um jovem e solitário operário que em meio ao marasmo diário encontra um inusitado amigo. O curta-metragem (court métrage para os franceses), dirigido por Guillaume Martial, pode ser encarado como uma reflexão aos tempos atuais onde o individualismo é cada vez mais estimulado pela ferocidade do capitalismo moderno. Este Homem solitário pode ser eu, pode ser você ou qualquer um que neste instante sai apressado do escritório rumo ao pet shop buscar seu cãozinho que estava na tosa ou no banho. Le Poisson Rouge (em tradução literal para o português é O Peixe Vermelho) pode ser conferido no reprodutor abaixo.
Le Poisson Rouge
Sinopse
Pierre ocupa um modesto posto numa pequena tipografia do centro da cidade onde efetua um trabalho repetitivo. Uma manhã, durante o percurso do seu trabalho, o jovem homem encontra um peixe-dourado. Este encontro incomum irá efetuar para ambos novos horizontes aquáticos...
Gênero Ficção
Diretor Guillaume Martial
Elenco Pierre Lelièvre, Josépha Paitel, Vianney Tchan Sin
Ano 2007
Duração 9'40''
Cor Colorido
Bitola DV
País França
O Homem e sua Solidão. O que pode ser pior que ser só sem ao menos ter se optado por isso? Alie isto a uma longa jornada de trabalho monótono e repetitivo. Adicione muito tédio. Pronto. Um simples peixinho-dourado pode se tornar o seu melhor amigo. A produção francesa Le Poisson Rouge traz como protagonista um jovem e solitário operário que em meio ao marasmo diário encontra um inusitado amigo. O curta-metragem (court métrage para os franceses), dirigido por Guillaume Martial, pode ser encarado como uma reflexão aos tempos atuais onde o individualismo é cada vez mais estimulado pela ferocidade do capitalismo moderno. Este Homem solitário pode ser eu, pode ser você ou qualquer um que neste instante sai apressado do escritório rumo ao pet shop buscar seu cãozinho que estava na tosa ou no banho. Le Poisson Rouge (em tradução literal para o português é O Peixe Vermelho) pode ser conferido no reprodutor abaixo.
Y.H.
Le Poisson Rouge
Sinopse
Pierre ocupa um modesto posto numa pequena tipografia do centro da cidade onde efetua um trabalho repetitivo. Uma manhã, durante o percurso do seu trabalho, o jovem homem encontra um peixe-dourado. Este encontro incomum irá efetuar para ambos novos horizontes aquáticos...
Gênero Ficção
Diretor Guillaume Martial
Elenco Pierre Lelièvre, Josépha Paitel, Vianney Tchan Sin
Ano 2007
Duração 9'40''
Cor Colorido
Bitola DV
País França
segunda-feira, 10 de março de 2008
Revista Filme Cultura volta à circulação
Edição especial da publicação do CTAv já está disponível na Internet
por André Andries
O Centro Técnico Audiovisual (CTAv) relança a Revista Filme Cultura em uma edição especial dedicada aos 70 anos de criação do Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE).
A versão eletrônica da publicação está disponível no site http://www.ctav.gov.br/. A edição impressa, com tiragem de mil exemplares, está sendo distribuída gratuitamente a instituições ligadas à área do audiovisual.
Criada em 1965, a Filme Cultura circulou até 1988 e alcançou 48 edições. Além do artigo dedicado ao INCE, essa edição de nº 49 traz depoimentos de Affonso Beato, Walter Carvalho, Marcos Magalhães e Carlos Augusto Calil contando episódios que envolveram a fundação do CTAv, em 1985, por meio de um acordo com o National Film Board, do Canadá.
Atualmente vinculado à Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura, o CTAv desenvolve atividades de fomento, formação de profissionais, pesquisa técnica, memória e difusão da produção audiovisual brasileira, com foco em suporte à animação.
por André Andries
O Centro Técnico Audiovisual (CTAv) relança a Revista Filme Cultura em uma edição especial dedicada aos 70 anos de criação do Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE).
A versão eletrônica da publicação está disponível no site http://www.ctav.gov.br/. A edição impressa, com tiragem de mil exemplares, está sendo distribuída gratuitamente a instituições ligadas à área do audiovisual.
Criada em 1965, a Filme Cultura circulou até 1988 e alcançou 48 edições. Além do artigo dedicado ao INCE, essa edição de nº 49 traz depoimentos de Affonso Beato, Walter Carvalho, Marcos Magalhães e Carlos Augusto Calil contando episódios que envolveram a fundação do CTAv, em 1985, por meio de um acordo com o National Film Board, do Canadá.
Atualmente vinculado à Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura, o CTAv desenvolve atividades de fomento, formação de profissionais, pesquisa técnica, memória e difusão da produção audiovisual brasileira, com foco em suporte à animação.
O relançamento da publicação se insere no âmbito de um projeto de preservação da memória do audiovisual brasileiro, que prevê a digitalização de todos os números anteriores da revista e sua disponibilização eletrônica para consultas de pesquisadores, estudantes e profissionais do cinema.
Uma revista fundamental para a história do Cinema Novo
A Revista Filme Cultura surgiu a partir de sugestão do Grupo Executivo da Indústria Cinematográfica (Geicine), 1961-1965, destinada a “contribuir para o debate e a informação sobre os diversos problemas do cinema e outros setores da cultura”.
Uma revista fundamental para a história do Cinema Novo
A Revista Filme Cultura surgiu a partir de sugestão do Grupo Executivo da Indústria Cinematográfica (Geicine), 1961-1965, destinada a “contribuir para o debate e a informação sobre os diversos problemas do cinema e outros setores da cultura”.
Durante duas décadas, entre 1965 a 1988, a publicação foi fórum aberto ao debate sobre ações e projetos de Estado para o cinema brasileiro. Foram editados 48 números - cerca de 4.500 páginas - com artigos sobre estética e técnica cinematográfica, ensaios, reportagens, depoimentos, entrevistas, legislação, material iconográfico (fotos, cartazes), uma massa compacta de informações que não encontra similar em nenhum outro periódico de cinema brasileiro.
A Filme Cultura caracterizava-se por ser um periódico moderno, ágil, refletindo a criatividade e a abrangência do novo cinema brasileiro, analisando diretores, atores, técnicos e suas criações, sem omitir outros, também essenciais, ligados à história e à memória cinematográfica brasileira.
O cineasta Flávio Tambelini foi seu primeiro editor, posteriormente sucedido, nas várias fases da publicação, por Paulo Perdigão, David Neves, Leandro Tocantins, Carlos Augusto Calil, Cláudio Bojunga, Roberto Moura, entre outros. A reflexão sobre o cinema brasileiro nas páginas da Filme Cultura teve a originalidade de contribuir para o seu desenvolvimento artístico e industrial. Com o fim da revista, gradualmente, essa reflexão crítica foi perdendo espaço.
Vinte anos depois, no entanto, a Revista Filme Cultura ainda permanece como uma referência daquele debate. No momento atual, em que é indispensável uma avaliação do conjunto das políticas públicas para o audiovisual brasileiro, sua volta à circulação serve ao mesmo tempo como referência e proposta.
Fonte: CTAv
A Filme Cultura caracterizava-se por ser um periódico moderno, ágil, refletindo a criatividade e a abrangência do novo cinema brasileiro, analisando diretores, atores, técnicos e suas criações, sem omitir outros, também essenciais, ligados à história e à memória cinematográfica brasileira.
O cineasta Flávio Tambelini foi seu primeiro editor, posteriormente sucedido, nas várias fases da publicação, por Paulo Perdigão, David Neves, Leandro Tocantins, Carlos Augusto Calil, Cláudio Bojunga, Roberto Moura, entre outros. A reflexão sobre o cinema brasileiro nas páginas da Filme Cultura teve a originalidade de contribuir para o seu desenvolvimento artístico e industrial. Com o fim da revista, gradualmente, essa reflexão crítica foi perdendo espaço.
Vinte anos depois, no entanto, a Revista Filme Cultura ainda permanece como uma referência daquele debate. No momento atual, em que é indispensável uma avaliação do conjunto das políticas públicas para o audiovisual brasileiro, sua volta à circulação serve ao mesmo tempo como referência e proposta.
Fonte: CTAv
sexta-feira, 7 de março de 2008
Instalação do Conselho Superior do Cinema
Conselho Superior do Cinema orienta o início das operações do Fundo do Audiovisual
Os membros do Conselho Superior do Cinema (CSC) apontaram as principais diretrizes para os mecanismos de operação e modelos de financiamento do Fundo do Audiovisual, dia 4 de março, em Brasília, durante a primeira reunião realizada pela nova composição do Conselho. O encontro foi presidido pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e contou com a presença de outros três ministros: Franklin Martins (Secretaria de Comunicação da Presidência), Fernando Haddad (Educação) e Gilberto Gil (Cultura). Estavam presentes ainda representantes dos demais ministérios que compõem o Conselho e a totalidade da representação do setor e da sociedade civil.
A ministra Dilma Rousseff abriu a reunião de instalação do novo Conselho destacando o prestígio obtido pela cinematografia nacional nos últimos anos, apontando como exemplo o prêmio máximo recebido pelo filme Tropa de Elite no último Festival de Berlim. Para a ministra, o audiovisual brasileiro entra agora em uma nova fase, em um momento em que se aceleram as condições e exigências postas pelo cenário de convergência digital, trazendo novos desafios para os membros do CSC, órgão máximo de formulação das políticas públicas do cinema no país.
O ministro Gil também pontuou a relevância da instalação do novo Conselho para o setor audiovisual brasileiro e qualificou de maneira positiva o que chamou de “tendência de convergência de interesses nos últimos anos nas dimensões políticas, culturais e econômicas do cinema”. Nas palavras do ministro, é auspiciosa para o Brasil a retomada de um processo de convergência, onde criadores, produtores e detentores de interesses variados da cadeia audiovisual brasileira estejam reunidos novamente. “Gostaria de dizer da satisfação que me dá ao ver o audiovisual brasileiro finalmente jogando como um time onde as particularidades, as atribuições e as funções são distinguidas, mas o time joga pra frente, pra fazer o gol pelo audiovisual brasileiro”, acrescentou.
Durante a reunião, os membros do Conselho entregaram, ao ministro da Cultura, as listas tríplices com os indicados para compor o Comitê Gestor do Fundo do Audiovisual. Entre os seis nomes que compõem as listas propostas pelo CSC, o ministro Gilberto Gil deve indicar os dois titulares e seus suplentes para compor o Comitê Gestor do Fundo do Audiovisual, conforme o regulamento. Segundo o ministro Gil, a expectativa é que os indicados possam contribuir com sugestões e idéias para o aperfeiçoamento dos mecanismos de operação do Fundo do Audiovisual, que o ministro considerou uma vitória da atual gestão da cultura, como da própria classe cinematográfica.
Também presente no encontro, o secretário executivo do Ministério da Cultura, Juca Ferreira, ressaltou a importância do Fundo do Audiovisual na composição de novos paradigmas de ações públicas dirigidas ao audiovisual brasileiro, especialmente no planejamento envolvido na elaboração dos programas. “O Fundo é um componente estratégico na política audiovisual brasileira e o conselho é o fórum apropriado para a proposta, avaliação e indicação dos caminhos a serem trilhados pelo conjunto das políticas voltadas para o setor”, avaliou Juca.
Fundo do Audiovisual - Antecedendo ao debate sobre o Fundo do Audiovisual, o diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, fez uma exposição sobre o tema, abordando seus principais objetivos. Segundo Rangel, as ações a serem apoiadas pelo Fundo do Audiovisual devem ser desenvolvidas como instrumentos para impulsionar o mercado, promovendo parcerias que criem sinergias entre os agentes públicos e privados que integram a atividade audiovisual brasileira.
“Seu objetivo maior é promover um ambiente sustentável para o desenvolvimento do audiovisual brasileiro no cenário da convergência digital, apoiando o investimento privado e tendo como foco a promoção da competitividade dos agentes econômicos e o estímulo à veiculação do conteúdo nacional em todos os segmentos do mercado”, explicou Rangel.
O Fundo do Audiovisual (FSA) foi criado pela Lei Nº 11.437 de 28 de dezembro de 2006 como uma categoria de programação específica do Fundo Nacional de Cultura (FNC). Assim como os demais Fundos setoriais existentes, foi criado na perspectiva de serem fontes complementares de recursos para financiar o desenvolvimento do setor, considerado estratégico para o país.
A gestão do Fundo ficará a cargo de um Comitê Gestor, composto por dois representantes do Ministério da Cultura, um da ANCINE, um dos agentes financeiros credenciados e por dois membros do mercado audiovisual, indicados pelo Conselho Superior de Cinema (CSC) a partir de lista tríplice nominal.
Cabe ao Ministro da Cultura designar os membros do Comitê Gestor. Este último estabelecerá as diretrizes e metas a serem cumpridas pelo Fundo, além de definir seu Plano Anual de Investimentos. O FSA contará ainda com uma Secretaria Executiva, exercida pela ANCINE, que dará apoio técnico, administrativo e operacional.
Operação e funcionamento – Os recursos do Fundo do Audiovisual, totalizando R$37.963.007 milhões já disponíveis e R$ 56.160.628,00 previstos no PLOA 2008, serão aplicados em programas e projetos dirigidos à solução de pontos considerados fundamentais para o desenvolvimento do mercado audiovisual no país. Assim, o Fundo pretende marcar um ponto de inflexão para o setor, ao estabelecer novas modalidades de investimentos, voltados à produção de obras cinematográficas, programas de televisão, lançamento e distribuição de filmes, construção de salas de cinema e projetos de infra-estrutura, estimulando todos os elos da cadeia produtiva, agindo para conferir equilíbrio aos segmentos mais frágeis.
Em fase de regulamentação dos seus mecanismos de operações, o Fundo representa a construção de novas bases para o desenvolvimento do audiovisual no Brasil em dois eixos centrais: o do fomento e o da regulação. Seu propósito é financiar programas e projetos da atividade audiovisual utilizando recursos de contribuições já recolhidas atualmente pelos agentes do mercado. Nenhuma taxa nova foi criada.
Os programas criados a partir do Fundo do Audiovisual serão operacionalizados principalmente por meio de investimentos retornáveis e empréstimos, dentre outras modalidades. Um dos objetivos é lançar mão de instrumentos visando o desenvolvimento e o fomento regulatório dos segmentos que não estão sendo supridos pelo atual sistema de financiamento, baseado principalmente na renúncia fiscal. Outro objetivo importante é dinamizar os projetos atendidos pelos atuais mecanismos de fomento, tornando-os mais eficientes e conferindo maior agilidade a sua realização.
Fonte: Ancine
Os membros do Conselho Superior do Cinema (CSC) apontaram as principais diretrizes para os mecanismos de operação e modelos de financiamento do Fundo do Audiovisual, dia 4 de março, em Brasília, durante a primeira reunião realizada pela nova composição do Conselho. O encontro foi presidido pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e contou com a presença de outros três ministros: Franklin Martins (Secretaria de Comunicação da Presidência), Fernando Haddad (Educação) e Gilberto Gil (Cultura). Estavam presentes ainda representantes dos demais ministérios que compõem o Conselho e a totalidade da representação do setor e da sociedade civil.
A ministra Dilma Rousseff abriu a reunião de instalação do novo Conselho destacando o prestígio obtido pela cinematografia nacional nos últimos anos, apontando como exemplo o prêmio máximo recebido pelo filme Tropa de Elite no último Festival de Berlim. Para a ministra, o audiovisual brasileiro entra agora em uma nova fase, em um momento em que se aceleram as condições e exigências postas pelo cenário de convergência digital, trazendo novos desafios para os membros do CSC, órgão máximo de formulação das políticas públicas do cinema no país.
O ministro Gil também pontuou a relevância da instalação do novo Conselho para o setor audiovisual brasileiro e qualificou de maneira positiva o que chamou de “tendência de convergência de interesses nos últimos anos nas dimensões políticas, culturais e econômicas do cinema”. Nas palavras do ministro, é auspiciosa para o Brasil a retomada de um processo de convergência, onde criadores, produtores e detentores de interesses variados da cadeia audiovisual brasileira estejam reunidos novamente. “Gostaria de dizer da satisfação que me dá ao ver o audiovisual brasileiro finalmente jogando como um time onde as particularidades, as atribuições e as funções são distinguidas, mas o time joga pra frente, pra fazer o gol pelo audiovisual brasileiro”, acrescentou.
Durante a reunião, os membros do Conselho entregaram, ao ministro da Cultura, as listas tríplices com os indicados para compor o Comitê Gestor do Fundo do Audiovisual. Entre os seis nomes que compõem as listas propostas pelo CSC, o ministro Gilberto Gil deve indicar os dois titulares e seus suplentes para compor o Comitê Gestor do Fundo do Audiovisual, conforme o regulamento. Segundo o ministro Gil, a expectativa é que os indicados possam contribuir com sugestões e idéias para o aperfeiçoamento dos mecanismos de operação do Fundo do Audiovisual, que o ministro considerou uma vitória da atual gestão da cultura, como da própria classe cinematográfica.
Também presente no encontro, o secretário executivo do Ministério da Cultura, Juca Ferreira, ressaltou a importância do Fundo do Audiovisual na composição de novos paradigmas de ações públicas dirigidas ao audiovisual brasileiro, especialmente no planejamento envolvido na elaboração dos programas. “O Fundo é um componente estratégico na política audiovisual brasileira e o conselho é o fórum apropriado para a proposta, avaliação e indicação dos caminhos a serem trilhados pelo conjunto das políticas voltadas para o setor”, avaliou Juca.
Fundo do Audiovisual - Antecedendo ao debate sobre o Fundo do Audiovisual, o diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, fez uma exposição sobre o tema, abordando seus principais objetivos. Segundo Rangel, as ações a serem apoiadas pelo Fundo do Audiovisual devem ser desenvolvidas como instrumentos para impulsionar o mercado, promovendo parcerias que criem sinergias entre os agentes públicos e privados que integram a atividade audiovisual brasileira.
“Seu objetivo maior é promover um ambiente sustentável para o desenvolvimento do audiovisual brasileiro no cenário da convergência digital, apoiando o investimento privado e tendo como foco a promoção da competitividade dos agentes econômicos e o estímulo à veiculação do conteúdo nacional em todos os segmentos do mercado”, explicou Rangel.
O Fundo do Audiovisual (FSA) foi criado pela Lei Nº 11.437 de 28 de dezembro de 2006 como uma categoria de programação específica do Fundo Nacional de Cultura (FNC). Assim como os demais Fundos setoriais existentes, foi criado na perspectiva de serem fontes complementares de recursos para financiar o desenvolvimento do setor, considerado estratégico para o país.
A gestão do Fundo ficará a cargo de um Comitê Gestor, composto por dois representantes do Ministério da Cultura, um da ANCINE, um dos agentes financeiros credenciados e por dois membros do mercado audiovisual, indicados pelo Conselho Superior de Cinema (CSC) a partir de lista tríplice nominal.
Cabe ao Ministro da Cultura designar os membros do Comitê Gestor. Este último estabelecerá as diretrizes e metas a serem cumpridas pelo Fundo, além de definir seu Plano Anual de Investimentos. O FSA contará ainda com uma Secretaria Executiva, exercida pela ANCINE, que dará apoio técnico, administrativo e operacional.
Operação e funcionamento – Os recursos do Fundo do Audiovisual, totalizando R$37.963.007 milhões já disponíveis e R$ 56.160.628,00 previstos no PLOA 2008, serão aplicados em programas e projetos dirigidos à solução de pontos considerados fundamentais para o desenvolvimento do mercado audiovisual no país. Assim, o Fundo pretende marcar um ponto de inflexão para o setor, ao estabelecer novas modalidades de investimentos, voltados à produção de obras cinematográficas, programas de televisão, lançamento e distribuição de filmes, construção de salas de cinema e projetos de infra-estrutura, estimulando todos os elos da cadeia produtiva, agindo para conferir equilíbrio aos segmentos mais frágeis.
Em fase de regulamentação dos seus mecanismos de operações, o Fundo representa a construção de novas bases para o desenvolvimento do audiovisual no Brasil em dois eixos centrais: o do fomento e o da regulação. Seu propósito é financiar programas e projetos da atividade audiovisual utilizando recursos de contribuições já recolhidas atualmente pelos agentes do mercado. Nenhuma taxa nova foi criada.
Os programas criados a partir do Fundo do Audiovisual serão operacionalizados principalmente por meio de investimentos retornáveis e empréstimos, dentre outras modalidades. Um dos objetivos é lançar mão de instrumentos visando o desenvolvimento e o fomento regulatório dos segmentos que não estão sendo supridos pelo atual sistema de financiamento, baseado principalmente na renúncia fiscal. Outro objetivo importante é dinamizar os projetos atendidos pelos atuais mecanismos de fomento, tornando-os mais eficientes e conferindo maior agilidade a sua realização.
Fonte: Ancine
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