sábado, 15 de março de 2008

O Homem, a sua Solidão e o Peixe

O Aquário que nos Separa
O Homem e sua Solidão. O que pode ser pior que ser só sem ao menos ter se optado por isso? Alie isto a uma longa jornada de trabalho monótono e repetitivo. Adicione muito tédio. Pronto. Um simples peixinho-dourado pode se tornar o seu melhor amigo. A produção francesa Le Poisson Rouge traz como protagonista um jovem e solitário operário que em meio ao marasmo diário encontra um inusitado amigo. O curta-metragem (court métrage para os franceses), dirigido por Guillaume Martial, pode ser encarado como uma reflexão aos tempos atuais onde o individualismo é cada vez mais estimulado pela ferocidade do capitalismo moderno. Este Homem solitário pode ser eu, pode ser você ou qualquer um que neste instante sai apressado do escritório rumo ao pet shop buscar seu cãozinho que estava na tosa ou no banho. Le Poisson Rouge (em tradução literal para o português é O Peixe Vermelho) pode ser conferido no reprodutor abaixo.
Y.H.

Le Poisson Rouge


Sinopse
Pierre ocupa um modesto posto numa pequena tipografia do centro da cidade onde efetua um trabalho repetitivo. Uma manhã, durante o percurso do seu trabalho, o jovem homem encontra um peixe-dourado. Este encontro incomum irá efetuar para ambos novos horizontes aquáticos...

Gênero Ficção
Diretor Guillaume Martial
Elenco Pierre Lelièvre, Josépha Paitel, Vianney Tchan Sin
Ano 2007
Duração 9'40''
Cor Colorido
Bitola DV
País França

6 comentários:

Alcione Torres disse...

Puxa vida, muito profundo...
A vida da gente tem que fazer algum sentido, pq do que adianta viver?
Sou professora, mestre e estou desempregada pq não acho nada decente. Minha mãe falou outro dia que eu fizesse um concurso para outra coisa, talvez INSS ou coisa assim.
Eu falei para ela que se tivesse que passar o resto da minha vida atrás de uma mesa assinando e arquivando papel, era melhor nem viver.

Yerko Herrera disse...

É minha amiga, enquanto isso a indústria farmacêutica dá pulos de alegria despejando toneladas de remédios para manter-nos taciturnos e inertes com um sorriso amarelo estampado, vítimas da felicidade química.

Vanuza Pantaleão disse...

Muito interessante, Yerko, o foco do roteiro, faz-me lembrar um outro filme, quase um monólogo com a Whoopy Goldberg (O TELEFONE) que trata da solidão humana nas grandes metróples, filmaço.Vou pesquisar também esse, sou uma cinéfila de carteirinha.Grande abraço, amigo!

Lu disse...

é, qualquer coisa que nos tire da rotina é sempre bem vinda!
todos sofremos com a solidão, mas nao gostamos de admitir. acho que só podemos ser 100% nós mesmos quando estamos sozinhos...

Yerko Herrera disse...

Concordo, Lu. Mas não sei se quando estamos só conseguimos ser 100% nós mesmos, talvez quase na totalidade, mesmo assim sempre faltará outro ser pra que nos faça reagir, pra sejamos parte do que somos, se não na totalidade, uma pequena parte.

Valeu pela participação!



Vanuza, beijão pra ti também!

Anônimo disse...

Adorei a introdução!!!!!!!
O curta também e ótimo!
Triste a realidade deste jovem... E, sejamos francos, é a realidade da grande maioria. Solidão, monotonia...