Neste sábado (27/06), às 19h, estreia o documentário As Cores do Divino no canal do YouTube da distribuidora Embaúba Filmes. O doc registra histórias de membros da comunidade LGBTQI+ que integram alguma instituição religiosa. Acompanhe abaixo informações de como assistir o filme de graça.
#Repost @embaubafilmes
🗓 Contagem regressiva para a pré-estreia do novo lançamento da Embaúba!
“As Cores do Divino” 🌈 terá uma exibição ao vivo no nosso canal do Youtube no dia 27/06 (sábado) às 19h, seguida de um debate com alguns integrantes da equipe e personagens do filme.
🎥 O filme ficará disponível gratuitamente por duas semanas no site da Embaúba a partir do dia 28/06, dia oficial do Orgulho LGBT+
🏳️🌈 LINK: bit.ly/YoutubeEmbauba
Ative o lembrete no vídeo do Youtube pra não esquecer!
Compartilhe e divulgue!
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Segue abaixo informe do Videocamp no dia 19 de Abril, Dia da Luta Indígena. O Videocamp é uma plataforma online que reúne filmes com potencial de impacto que podem ser exibidos por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo e de forma gratuita. Atualmente, em tempos de isolamento social por conta da pandemia de coronavírus, a plataforma se readequou para que se possa ver os filmes sem a necessidade de exibição pública.
Publicação da Videocamp em suas redes socias:
Sabemos como é importante apoiar, todos os dias, histórias que mostrem o protagonismo e a diversidade indígena. Por isso, no dia de hoje, além de frisar isso aqui gostaríamos de convidar você para assistir aos 4 filmes que mostram a importância dos povos e das lutas indígenas.
Estratégia Xavante, Naiá e a Lua, Waapa e Piripkura estão liberados para você #AssistirAgora! ✊🏽 ❤️
Hacker, denúncias, escândalos, política, futebol, corrupção, youtuber, pessoas de verde-amarelo... Tudo isso junto poderia estar veiculado ao atual noticiário, mas, é o tema do curta paraense Hacker. Parece conveniente um enredo envolvendo elementos que compõem as notícias das últimas semanas, porém, o curta-metragem foi realizado em 2016, o que agrega um tom premonitório a esta modesta produção universitária, realizada com recursos dos próprios alunos do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Pará (UFPA).
No filme Hacker acompanhamos Bruno, um youtuber que divulga na internet denúncias, recebidas de uma fonte desconhecida, que envolvem um figurão da política. Ao revelar os escândalos, Bruno se torna alvo de uma perigosa perseguição que põe em risco a sua vida.
Nada mais atual do que a narrativa do: — Oi, eu sou o Hacker!
Hacker
Sinopse
Bruno é um vlogger polêmico que se envolve em um perigoso escândalo político ao revelar na internet provas recebidas através de uma pessoa desconhecida. Sem saber quem enviou as provas e o tamanho do perigo que corre, Bruno terá que descobrir uma forma de se salvar antes que o encontrem. Em pleno dia de jogo de Copa do Mundo, ele terá que jogar pela própria vida.
Gênero Ficção Subgênero Suspense Diretor Rafael B. Silva Elenco Leoci Medeiros, Marcelo Nunes, Rafaela Cândido Ano 2016 Duração 13 min Cor Colorido País Brasil
Devido a quantidade de absurdos diários, carregados de ódio, preconceito e ignorância, proferidos pelo senhor que ocupa o cargo máximo da República, fica difícil de atualizar diariamente com filmes que desmontem tanta estupidez. A última bobagem foi dias atrás, quando foi dito que era mentira afirmar que alguém passa fome no Brasil. Pois então vamos ao filme que explica a cronologia da fome no País desde o Brasil Colônia. O documentário Histórias da Fome no Brasil é bem didático e direto em seu título. O longa trata de mostrar como, durante séculos, foram plantadas as sementes das desigualdades sociais. Também demonstra a importância das políticas públicas que retiraram o Brasil do Mapa da Fome em 2014, divulgado pela ONU — infelizmente estamos voltando ao Mapa da Fome. Veja a importância de pessoas como Josué de Castro, Dom Helder, Betinho e tantos outros, que acreditaram que a fome era um mal reversível, provocada pelos próprios homens e suas políticas.
Histórias da Fome no Brasil
Sinopse
Histórias da Fome no Brasil mostra uma cronologia da fome no país. Do Brasil Colônia, onde foram plantadas as sementes das desigualdades sociais, até as políticas públicas recentes que culminaram na saída do Brasil, em 2014, do Mapa da Fome divulgado pela ONU.
Gênero Documentário Diretor Camilo Tavares Ano 2017 Duração 52min Cor Colorido País Brasil
Após encerrar a mostra de filmes sobre trabalho infantil com o documentário A Invenção da Infância, apresento um curta-metragem bônus. O filme extra do ciclo é a premiadíssima animação Vida Maria. Produzida em computação gráfica 3D e finalizada em 35mm, a animação traz cenários modelados com texturas e cores do Sertão Cearense.
Vida Maria apresenta a pequena Maria José, uma menina de cinco anos que é obrigada a largar os estudos para trabalhar. Enquanto trabalha, a vida de Maria passa diante dos seus olhos sem que ela possa fazer nada para mudar. *Legendas em Portugués - Subtítulos en Español - English Subtitles
No final da postagem estão os links dos outros filmes selecionados com a temática trabalho infantil
Vida Maria
Sinopse
Maria José, uma menina de 5 anos de idade, é levada a largar os estudos para trabalhar. Enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos, envelhece.
Gênero Animação Diretor Márcio Ramos Ano 2006 Duração 9 min Cor Colorido Formato 35mm País Brasil
Disposto a organizar uma pequena mostra de filmes que tivessem a temática trabalho infantil, selecionei os curtas-metragens 10 Centavos, Bilú e João e Carreto, todas produções ficcionais que retratam, cada um ao seu estilo, uma triste realidade. Vamos ao quarto e último filme deste ciclo, o documentário A Invenção da Infância, de Liliana Sulzbach. Talvez o tenha deixado por último considerando a força deste curta, no qual fica evidente que a realidade pode ser bem pior do que a ficção.
A diretora Liliana Sulzbach nos faz encarar o que muitos desconhecem ou fingem não ver: O abismo social entre crianças. Meninos e meninas que vivem no mesmo País, entretanto, não no mesmo Brasil. São de regiões distintas, classes sociais distantes e preocupações sem nenhuma semelhança. Crianças ricas, bem nutridas, cheias de oportunidades em oposição a crianças que vivem na miséria, que têm como única opção a labuta, o trabalho duro até para um adulto. Surpreende que a única coisa que parece conectar esses mundos seja a novela da Globo.
O filme tem quase 20 anos, mas volta a ser atual, fazendo refletir sobre a romantização do trabalho infantil, a meritocracia, desigualdade social e tantas outras coisas que, faz bem pouquinho tempo, haviam sido combatidas e amenizadas.
Vencedor de dezenas de festivais nacionais e internacionais, A Invenção da Infância, a meu ver, ao lado de Ilha das Flores (1989), é um dos filmes fundamentais que todos deveriam ver. *English Subtitles
A Invenção da Infância
Sinopse
Ser criança não significa ter infância. Uma reflexão sobre o que é ser criança no mundo contemporâneo.
Gênero Documentário Diretor Liliana Sulzbach Ano 2000 Duração 26 min Cor Colorido Formato 16mm País Brasil
Depois de apresentar o curta 10 Centavos e em seguida Bilú e João, ambos com o tema trabalho infantil, o Outro Cine traz o terceiro filme sobre o assunto. Ambientado no Recôncavo Baiano, o curta-metragem Carreto, dirigido por Marília Hughes e Cláudio Marques, mostra Tinho, um menino de aparente desânimo que não pode aproveitar a plenitude da infância por conta das obrigações do trabalho. Sua rotina é rompida ao conhecer a pequena Stephanie, uma menina de sorriso doce que, apesar das limitações, encara a vida com o brilho nos olhos que toda criança deveria ter. Captada por uma bela fotografia, a linda paisagem contrasta com a extrema pobreza. Carreto emociona e, com competência, revela o quanto é bom um garoto lembrar o seu direito de apenas ser criança. English Subtitles
Carreto
Sinopse
Tinho, um menino de 12 anos, oferece pequenos serviços para a comunidade. Sua ferramenta de trabalho é seu inseparável carrinho de mão. Um dia, Tinho conhece Stephanie. Querendo agradecer a ela por um presente que ela lhe dá, Tinho começa a pensar em um plano.
Gênero Ficção Subgênero Drama Diretor Cláudio Marques, Marília Hughes Elenco Edna Bulcão, Ronaldo Batista dos Santos, Stephanie Vitória Ano 2009 Duração 12 min Cor Colorido Formato 35mm País Brasil
Perante as recentes manifestações absurdas em favor do trabalho infantil ocorridas no Brasil, o Outro Cine assumiu o compromisso de postar filmes relacionados a temática. O primeiro curta-metragem postado foi 10 Centavos, filme baiano dirigido por Cesar Fernando de Oliveira. Hoje é a vez do curta Bilú e João, realizado pela cineasta Kátia Lund, codiretora de Cidade de Deus (2002) e do documentário Notícias de uma Guerra Particular (1999), entre outros. Bilú e João é parte do longa Crianças Invisíveis, filme que é composto por outros curtas, dirigido por nomes como Ridley Scott, John Woo, Spike Lee e Emir Kusturica.
Bilú e João são crianças que tentam ganhar dinheiro juntando latas e papelão na periferia de São Paulo. A dureza com que a cidade os trata se contrapõe a cumplicidade e carinho que existe entre elas. Apesar do bom humor e criatividade da dupla, é violento ver crianças andando sós e desprotegidas pelas ruas da gigante São Paulo, invisíveis aos olhos da sociedade. Assista ao filme e, depois, se quiser conferir um outro olhar sobre o curta de Kátia Lund, sugiro a leitura da crítica feita pela Revista Cinética.
Bilú e João
Sinopse
Um dia na vida de duas crianças, Bilú e João, e sua luta para sobreviver catando restos de papelão e metal nas ruas de São Paulo. Para eles, latas vazias, pedaços de caixas e pregos velhos, coisas que outras pessoas jogam fora, são tesouros. Sem tempo para viver devidamente sua infância, mesmo assim eles tentam manter viva a imaginação e não desistir do sonho de um futuro melhor.
Gênero Ficção Subgênero Drama Diretor Katia Lund Elenco Vera Fernandes, Francisco Anawake de Freitas
Ano 2005 Duração 15 min Cor Colorido Formato 35mm País Brasil / Itália
Em repúdio as declarações do Presidente do Brasil Jair Bolsonaro, sobre o trabalho infantil, o Outro Cine apresentará, nas próximas postagens, alguns filmes que retratam essa triste realidade.
Não há dignidade no trabalho infantil, pelo contrário, é indigno, é cruel. Neste momento obscurantista que vivemos, parece ser uma obrigação realçar o óbvio. Trabalho infantil não é vender trufas na escola pra juntar dinheiro pro passeio de fim de ano; não é ajudar no comércio da família; não é ajudar, vez em quando, a lavar a louça ou varrer a própria casa. A realidade de crianças que vivem na miséria é bem pior do que a elite ou a classe média conseguem enxergar. A seguir, o primeiro desta série de filmes, é o curta-metragem10 Centavos, dirigido por Cesar Fernando de Oliveira. Talvez uma obra audiovisual possa ajudar a demonstrar a dura realidade de crianças pobres, meninas e meninos que não tem outra alternativa a não ser o trabalho.
10 Centavos
Sinopse
Um dia na vida de um garoto que mora no subúrbio ferroviário de Salvador e trabalha como guardador de carros no centro histórico.
Gênero Ficção Subgênero Drama Diretor Cesar Fernando de Oliveira ElencoFernando Fulco, Frank Magalhães, Jorge Júnior, Narcival Rubens, Paulo Prazeres, Stela Voutta Ano 2007 Duração 19 min Cor Colorido Formato 35mm País Brasil
Assista a uma breve animação documental realizada por uma gravadora em comemoração ao centenário do cantor Nelson Gonçalves. Para contar a história de uma das maiores vozes da música brasileira, o vídeo traz a narração de Martinho da Vila.
A História de Nelson Gonçalves contada por Martinho da Vila
Sinopse
Uma das maiores vozes da música brasileira completa 100 anos em 2019. Em celebração, nesta data tão emblemática, foi criado um vídeo narrado por ninguém menos que Martinho da Vila para contar a história de Nelson Gonçalves.
Morre o músico João Gilberto, aos 88 anos, pai da bossa nova e gênio da música brasileira.
Assista ao documentário, realizado por Rogério Sganzerla, comemorativo do lançamento do décimo disco durante o cinquentenário de nascimento de João Gilberto.
Brasil
Sinopse
Curta-metragem comemorativo do lançamento do décimo disco durante o cinquentenário de nascimento de João Gilberto. Com trilha intitulada "Brasil", gravado com Caetano, Gil e Maria Bethânia. A execução do disco em diferentes fases e distâncias, registradas em contraponto com flashes de personalidades da vida nacional, representados em uma situação limite (O que é o Brasil? O que é o brasileiro?) - "O Brasil, dizia Oswald de Andrade, " vive em estado de sítio desde a idade trevosa das capitanias".
Gênero Documentário Subgênero Musical Diretor Rogério Sganzerla Elenco Caetano Veloso, Gilberto Gil, João Gilberto, Maria Bethânia, Orson Welles Ano 1981 Duração 13 min Formato 35 mm
Dica publicada originalmente no sítio do Brasil de Fato.
O que tu indica? | Nunca é noite no mapa O filme vai muito além de refletir sobre o uso de um aplicativo e de imagens que nos prometem facilitar a vida
Bernardo Vaz*
Brasil de Fato | Recife (PE)
Desde 2005 uma empresa privada americana nos observa e mapeia. Em 2016, percebendo que a viatura do Google Maps aproximava-se de sua rua, Ernesto de Carvalho pegou sua câmera e encarou o mapa olho no olho. Algum tempo depois ele encontra sua imagem fotografando o olho do mapa no próprio mapa. Daí surge este filme que em apenas seis minutos nos ajuda a trabalhar a musculatura do olhar para enfrentar o momento político que vivemos.
Feito com imagens capturadas pela viatura do Google, nos instiga a sair da passivamente. Movendo-se com liberdade, do lugar de objeto para um sujeito, o diretor narra o que foi ofuscado pela claridade com que a câmera do Google captura e projeta a cidade em nossas telas. "Pro mapa não há governo, não há golpe de estado, não há revolução. Nunca é noite no mapa”. Ao mover-se e deslocar o mapa projetando seus próprios lampejos de memória, o artista faz aparecer história no mapa. E desmonta uma forma totalitária de olhar pro horizonte e portanto, pro outro e pra cidade.
O filme vai muito além de refletir sobre o uso de um aplicativo e de imagens que nos prometem facilitar a vida, mas no fundo nos usam. Ele nos alerta para o ofuscamento da ocupação popular dos espaços comuns da cidade. Ao mesmo é um ato político e mostra que a máquina totalitária não cumpre seu trabalho sem resistência.
*É trabalhador do audiovisual e membro da Cooperativa Eita.
Fonte: Brasil de Fato(O Brasil de Fato está sob uma licença Creative Commons, todos os conteúdos do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se dêem os devidos créditos.)
Nunca é Noite no Mapa
Sinopse
Eu estou dentro do mapa. Todos são iguais perante a lei, todos são iguais perante o mapa. Nunca é noite no mapa.
Gênero Documentário Diretor Ernesto de Carvalho Ano 2016 Duração 6 min Cor Colorido País Brasil
Eis aqui o episódio de estreia da série animada idealizada por Paulo Henrique Machado, intitulada Brincadeirantes. Só foi possível concretizar este piloto devido a campanha de financiamento coletivo que Paulo Henrique promoveu e que arrecadou os R$ 120 mil necessários para sua realização. A animação Brincadeirantes conta a história de cinco crianças vítimas de paralisia infantil, inspirada na própria vida do seu criador e na de seus amigos de infância. Paulo Henrique vive há 46 anos numa UTI e quem quiser assistir uma matéria onde ele conta como superou seus limites pra realizar o seu grande sonho, clica aqui.
Brincadeirantes - primeiro episódio
Sinopse
Episódio piloto da série Brincadeirantes
Gênero Animação Diretor Paulo Henrique Machado Dubladores Róbson Kumode, Lene Bastos, Affonso Amajones, Alex Minei, Kandy Ricci, Márcia Regina Ano 2014 Duração 10 min Cor Colorido País Brasil
Recentemente a Comissão Nacional da Verdade identificou 377 autores de violações aos direitos humanos durante a ditadura. Durante esse período, centenas de pessoas foram presas, torturadas, assassinadas e muitas ainda são dadas como desaparecidas. Enquanto isso, paralelamente, grupos de extrema direita, com tendências golpistas, lamentam o resultado das urnas e questionam a nossa sólida democracia. Recordar o passado ajuda o nosso futuro. Nada melhor que assistir ao emblemático Manhã Cinzenta, média-metragem de Olney São Paulo, realizado entre 1968 e 1969.
"Olney é a Metáfora de uma Alegorya. Retirante dos sertões para o litoral – o cineasta foi perseguido, preso e torturado. A Embrafilme não o ajudou, transformando-o no símbolo do censurado e reprimido." De Glauber Rocha, em seu livro Revolução do Cinema Novo (Rio de Janeiro. Alambra/Embrafilme: 1981, p. 364)
MANHÃ CINZENTA.Casal de estudantes é preso e torturado por forças repressoras
Manhã cinzenta, primeira produção brasileira a ganhar o prêmio Obernhausen, na Alemanha Oriental, aborda um golpe de estado num país imaginário da América Latina. Um casal de estudantes se desloca para uma passeata onde o rapaz, um militante, lidera um comício. Presos durante a manifestação, torturados na prisão, eles sofrem um inquérito absurdo dirigido por um robô e um cérebro eletrônico. Tragicamente, a realidade copiou a ficção é o diretor Olney São Paulo foi perseguido, preso e torturado por conta deste filme. Os negativos e cópias do filme foram confiscados em 1969, felizmente uma das cópias foi salva e permaneceu escondida por 25 anos na Cinemateca do MAM no Rio de Janeiro.
"A proposta inicial de Manhã Cinzenta era que viesse a compor um projeto de um filme com três histórias. Dois episódios seriam acrescentados, a saber, uma comédia e um cinema-verdade, além do já existente, que ficou como a versão final. No entanto, com a apreensão de Manhã Cinzenta e a censura, o projeto foi abandonado por Olney São Paulo, ficando apenas um filme de caráter independente que, embora ficasse inédito no Brasil, ganhou muita repercussão em outros países. Exemplo desse reconhecimento e da valorização foi a premiação recebida na Alemanha, bem como as participações em festivais de Cannes, em 1970; Cracóvia, na Polônia; Viña del Mar, no Chile; Pesaro, na Itália, e em Londres." (fonte: Cine Cachoeira)
REPRESSÃO.Personagem alegoriza fascismo e nazismo
Pra saber mais sobre Olney São Paulo e Manhã Cinzenta:
“Manhã Cinzenta é o grande filmexplosão de 1968 e supera incontestavelmente os delírios pequeno-burgueses dos histéricos udigrudistas. Montagem caleidocóspia, desintegra signos da luta contra o Systema – panfleto bárbaro e sofisticado, revolucionário a ponto de provocar prisão, turtura e iniciativa mortal no corpo de Artysta. O Cinema Nordestino, Cinema Popular metaforizado em Olney e Miguel Torres, vítimas dos invasores – Heroys do Brazyl!” - Glauber Rocha.
"A imagem que guardo do meu compadre é uma síntese daquele documentário que ele fez sobre os sábios do tempo, os velhos sertanejos que dominam sistemas ancestrais de medição meteorológica [Sob o ditame do rude Almajesto: sinais de chuva (1976)]. Vejo-o de chapéu de couro, no raso da caatinga, conversando com os ventos, para saber de onde vêm e para onde vão." - Nelson Pereira dos Santos sobre Olney São Paulo.
Manhã Cinzenta
Sinopse
Um golpe de estado num país imaginário da América Latina. O poder. A repressão. O filme que levou seu realizador aos porões da ditadura.
Gênero Ficção Diretor Olney São Paulo Elenco Sonelio Costa, Janete Chermont Ano 1969 Duração 22 min Cor P&B Bitola 35mm País Brasil
MULHERES UNIDAStomaram frente na batalha contra estupro
Hoje, dia 09 de dezembro de 2014, sucedeu um lamentável episódio na Câmara dos Deputados. O deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), numa criminosa e completa falta de decoro, disse a deputada federal Maria do Rosário (RS) que só não a estuprava porque ela não merecia. Lembremos ao senhor deputado, que foi eleito com 400 mil votos, que ninguém merece. Revoltante. Por isso o Outro Cine posta o documentário AsJusticeiras do Capivari, dirigido pelo talentoso Felipe Nepomuceno.
As Justiceiras do Capivari
Sinopse
Documentário sobre as Justiceiras do Capivari, grupo de mulheres que resolveu tomar a frente na batalha contra o estupro, em uma área sem lei da Baixada Fluminense (RJ).
SOLITÁRIO ANÔNIMOIntrigante bilhete encontrado com idoso
Um homem idoso e debilitado jogado na grama. Com ele apenas um bilhete no bolso. Sem nome e sem família, recusando a se identificar, o velho só afirma uma coisa: Quer somente o direito de morrer em paz. Poderia ser o argumento de alguma ficção. Poderia, mas, não é. Essa é uma história real de um senhor que um dia resolve deixar-se morrer. Sem documentos e nenhum pertence, ele carrega no bolso um pedaço de papel manuscrito, onde afirma não ter parentes ou familiares naquela região do País. No entanto, o que mais chama atenção no bilhete, e que justamente dá título a este surpreendente documentário, é o fato dele se autonomear um Solitário Anônimo.
Solitário Anônimo
Sinopse
Um idoso deitado na grama à espera da morte. No bolso, um bilhete anunciava ser de terras distantes. Não havia documentos ou posses. Seu desejo era morrer solitário e anônimo. Esse é o início do documentário que conta a impressionante história de um homem obstinado a planejar e controlar sua morte. É um filme sobre a liberdade, a vida e a morte.
Gênero Documentário Diretor Debora Diniz Ano 2007 Duração 18 min Cor Colorido País Brasil
O Outro Cine apresenta Oxalá, uma co-produção Brasil/Alemanha. O curta-metragem experimental mostra uma mulher em crise emocional que é assombrada por pensamentos suicidas. Destaque para a música final interpretada por Cartola.
Oxalá
Sinopse
Uma mulher pensa na morte.
Gênero Ficção
Diretor Célio Dutra Elenco Kathrin Schmieg Ano 2001 Duração 3 min Cor Colorido Bitola 35mm País Brasil / Alemanha
90% do que escrevo é invenção. Manoel de Barros. Foto Divulgação
Lamentavelmente faleceu nesta quinta-feira, 13 de novembro de 2014, o poeta Manoel de Barros. Em sua homenagem posto o documentário Só Dez Por Cento é Mentira - A desbiografia oficial de Manuel de Barros, dirigido por Pedro Cezar. Infelizmente ainda não assisti, então o texto abaixo descrevendo o longa é do sítio oficial do filme e se manterá o conteúdo original que não apresenta o fato que o poeta faleceu hoje.
Só Dez Por Cento é Mentira é um original mergulho cinematográfico na biografia inventada e nos versos fantásticos do poeta sulmatogrossense Manoel de Barros.
Alternando sequências de entrevistas inéditas do escritor, versos de sua obra e depoimentos de “leitores contagiados” por sua literatura o filme constrói um painel revelador da linguagem do poeta, considerado o mais inovador em língua portuguesa.
Só Dez Por Cento é Mentira ultrapassa as fronteiras convencionais do registro documental. Utiliza uma linguagem visual inventiva, emprega dramaturgia, cria recursos ficcionais e propõe representações gráficas alusivas ao universo extraordinário do poeta.
Procurando resignificar às “desimportâncias” biográficas e à personalidade “escalena” de Manoel de Barros o diretor Pedro Cezar, responsável pelo roteiro e pela narração, pontua o filme com momentos de breves testemunhos ao fundo, como fizera em seu primeiro longa metragem, Fabio Fabuloso. Narrado na maior parte das vezes em tom pessoal o filme busca, sobretudo, “uma voz que aproxime-se da simplicidade e da afetividade do personagem e que se afaste da soberba e da pretensão de uma análise teórica sobre poesia no idioleto manoelês”.
Manoel de Barros tem 93 anos, cerca de 20 livros publicados e vive atualmente em Campo Grande. Consagrado por diversos prêmios literários, é atualmente o escritor brasileiro que mais vende no gênero poesia.
Só Dez Por Cento é Mentira ganhou os prêmios de melhor documentário longa-metragem do II Festival Paulínia de Cinema 2009 e os prêmios de melhor direção de longa-metragem documentário e melhor filme documentário longametragem do V Fest Cine Goiânia 2009. (Fonte: http://www.sodez.com.br)
Só Dez Por Cento é Mentira
Sinopse
Só Dez Por Cento é Mentira é um original mergulho cinematográfico na biografia inventada e nos versos fantásticos do poeta sulmatogrossense Manoel de Barros.
Gênero Documentário Diretor Pedro Cezar Depoimentos Manoel de Barros, Bianca Ramoneda, Joel Pizzini, Abílio de Barros, Palmiro, Viviane Mosé, Danilinho, Fausto Wolff, Stella Barros, Martha Barros, João de Barros, Elisa Lucinda, Adriana Falcão, Paulo Gianini, Jaime Leibovicht e Salim Ramos Hassan Ano 2008 Duração 82 min Cor Colorido País Brasil
Na favela do Novo Itu, famílias ficaram mais de um mês sem receber água do sistema público. Foto: Mídia NINJA
A Conta da Água
A crise hídrica em São Paulo é o tema do mini-documentário produzido pelo coletivo Mídia Ninja. O descaso de décadas do governo estadual levaram a situação calamitosa em que se encontra o fornecimento de água no estado mais rico do País. O documentário foca no problema do município de Itu, aonde a empresa responsável pelo abastecimento de água foi privatizada e agora a situação é de Calamidade Privada. Calamidade Privada - A crise da água em Itu
Sinopse
Mini-documentário sobre a crise da água na cidade de Itu, no interior paulista.
Gênero Documentário Diretor Coletivo Mídia Ninja Ano 2014
Duração 3 min Cor Colorido País Brasil
Conheça o projeto A conta da água, uma parceria entre diversos coletivos e veículos independentes.
"1968 o ano em que começou o meu passado". Talvez essa seja a frase mais emblemática do curta-metragem Como Dantes que narra a história de José, homem atormentado pelos fantasmas da ditadura. Na tentativa de expurgar seus traumas, José visita sua antiga casa aonde vivia com os pais quando era um jovem envolvido com política estudantil. As tormentas do personagem não pairam apenas no que sofreu durante o período do golpe militar, mas na memória de sua relação conflituosa com o pai, um velho coronel, e que é a representação máxima da repressão na vida de José. O curta foi realizado por estudantes do Curso de Cinema da Universidade Estácio de Sá.
Como Dantes -Homem relembra seus traumas
Sinopse
A busca de José por seu passado de envolvimento em políticas revolucionárias no conturbado período da história do Brasil no final dos anos 60. A casa em que José viveu, hoje abandonada, traz à lembrança seu conflito com o pai, coronel ligado ao esquema de repressão da ditadura militar. Após sair de casa, José se depara com a realidade social de hoje que ainda exige solução.
Como Dantes
Gênero Ficção Diretor Marise Farias Elenco Alice Reis, Fábio Junqueria, Marcelo Gonçalves, Nildo Parente Ano 2005 Duração 8 min Cor Colorido
Bitola 35mm País Brasil