quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Curta-metragem Russo, último de 2014

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5 minutos. Instantes no final de ano dos moradores de edifício russo
O mundo inteiro celebrando o Ano Novo. Sabe como se diz Feliz Ano Novo em russo? Nem eu. Se o Google Translate não estiver tirando uma onda com a minha cara é: С Новым Годом! Enfim, não sei falar russo, muito menos pronunciá-lo, mas informo que o último curta-metragem do Outro Cine vem da Rússia. Pra facilitar, vou postar o nome em inglês, Five Minutes. Em russo seria Пять минут. Acha difícil pronunciar? Imagina buscar informações sobre o filme. Apesar da difícil tarefa, achei pertinente que a última postagem fosse essa produção, pois a história se passa durante as comemorações de final de ano. Uma vizinhança bem heterogênea espera a virada enquanto ocorrem uma série de percalços. O único a curtir o instante é um Papai Noel que aproveita bem o dia de folga. O diretor Konstantin Ivanov conta que, antes de ser seduzido pelo cinema, foi marinheiro e também operário de uma fábrica, isso até cair uma câmera em suas mãos. Depois disso, Ivanov tornou-se cameraman e vez em quando aventura-se como cineasta. Este curta foi inspirado na música Five Minutes, interpretada pela atriz ucraniana Ludmila Garchenko, no filme russo Carnival Night (1956). O Outro Cine deseja um feliz 2015!

Five Minutes (Пять минут)


Sinopse
Antes do Ano Novo os moradores de um edifício estão motivados a fazer várias coisas diferentes, embalados por Ludmila Garchenko e sua famosa canção "Cinco minutos".

Gênero Ficção
Diretor Konstantin Ivanov
Ano 2007
Duração 5 min
Cor Colorido
País Rússia

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Conheça os filmes mais vistos no Outro Cine em 2014

E lá se vai mais um ano. Chegamos ao fim de 2014, que não foi ano fácil. Um ano de Copa do Mundo e de eleições. O pessimismo do velho complexo de vira-latas e pensamentos que já se julgavam ultrapassados saíram do armário e deram as caras mostrando que, lamentavelmente, somos um País com uma grande parcela de pessoas com ideais reacionários. Enquanto isso, o Outro Cine, que há muito estava parado, voltou a cena.

Neste ano de retomada, o Outro Cine teve um especial de Copa do Mundo, exibindo curtas-metragens dos países participantes. Faltou só um pouquinho pra cumprir o desafio auto-imposto, uma tarefa complicadíssima pois achar filmes de alguns países foi quase impossível. Não cumpri totalmente o desafio, faltou apenas filmes dos países do grupo H. No entanto, se pensarmos que dos 32 países faltaram apenas quatro pra figurar, foi um saldo bem positivo. Prometo que ainda postarei os curtas que faltaram.

Durante as eleições, enquanto a ultra-direita vociferava preconceitos e seus máximos expoentes comandavam hordas de raivosos, reproduzindo e vomitando o ódio vindo da grande mídia, o Outro Cine não se calou. E como contribuição: Curtas que de alguma forma combatessem o ideal nefasto e saudosista da ditadura militar que se espalhou como vírus em parcela conservadora da população.

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Os CINCO mais assistidos em 2014 no Outro Cine
Foram 65 postagens nesse ano. Se considerarmos as 52 semanas que o ano tem, foi uma média de 1,25 postagem por semana. Pouco. Pouco se pensarmos no ano inteiro. No entanto, se levarmos em conta que o blog voltou em Junho, parou novamente em Agosto, com uma solitária postagem em Setembro, retomando outra vez em Novembro. Então, pensando bem, desconsiderando a postagem única do mês nove, foram só quatro meses de atividade intensa, aí a média sobe pra quatro postagens por semana. Dessas 65 postagens, 51 foram com filmes. Excelente então! Somados aos 121 que Outro Cine já contava, encerramos o ano com 172 produções, de todos os tipos e de todos os continentes.

Entre os filmes postados em 2014, vamos aos cinco mais vistos. São quatro curtas-metragens e um média-metragem. Entre os cinco, apenas um é documentário, os demais são ficções. Nenhum país se repetiu entre os top 5. Confiram abaixo de onde são essas produções campeãs de audiência no Outro Cine:

5º lugar - Alemanha com o curta-metragem Spielzeugland

4º lugar - Honduras com o curta-metragem El Profe

3° lugar - Colômbia com o curta-metragem Juego de Niños

2° lugar - Brasil com o documentário média-metragem O Complexo de Vira-Latas

1º lugar - Portugal com o curta-metragem Shadows (Sombras)


Perdeu algum desses filmes? Aproveita e clica nos respectivos títulos que ainda dá tempo de ver eles em 2014.

Animação mexicana com dose de Humor Negro - Curta-metragem

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Sin Sostén. Animação mexicana carregada de humor negro 
Assista Sin Sostén, uma sombria animação stop motion mexicana. Realizada em 1998, foi o primeiro curta-metragem que o animador René Castillo utilizou a técnica clay animation, posteriormente René tornou-se referência no México desse estilo de animação. Sin Sostén, na tradução literal para o português "Sem Sutiã", é sobre um homem seduzido pela futilidade dos anúncios publicitários no derradeiro instante que decide acabar com a própria vida. Exibida na seleção Oficial de Cannes, esta animação recebeu diversos prêmios internacionais. Eu não sei, pode ser uma impressão minha, mas achei Sin Sostén com alguma coisa similar ao longa-metragem australiano Mary e Max (2009), pode ser pelo humor negro, o clima soturno, o drama, talvez os traços dos bonecos, não sei definir bem o que. Entretanto, por ter sido produzido onze anos antes, é possível que o curta mexicano, ou outro trabalho de René Castillo, de alguma forma possa ter influenciado o filme australiano. Mas é apenas um suposição. Se tiver a fim de dizer o que acha, escreve nos comentários!
Sin Sostén


Sinopse
Numa cidade hostil, um homem insignificante decide tirar a própria vida. Na sua queda ao vazio é resgatado e seduzido pelos supérfluos encantos do mundo publicitário.

Gênero Animação
Diretor René Castillo / Antonio Urrutia
Ano 1998
Duração 5'50
Cor Colorido
País México

Prêmios
- Prêmio da Crítica Internacional de Melhor Curta-metragem, na XIII Muestra de Cine Mexicano de Guadalajara, México 1998.
- Prêmio de Melhor Fotografia, no Primeiro Festival Internacional de Curtas-metragens "Expresión en Corto" en San Miguel de Allende, Guanajuato, México 1998.
- The Golden Space Nedle Award como o Melhor Curta-metragem, no Seattle International Festival de Washington, Estados Unidos 1998.
- Colón de Ouro de Melhor Curta-metragem e de Público, no XXIV Festival de Cine Iberoamericano de Huelva, España 1998.
- Prêmio do Público, no São Paulo International Short Film Festival, Brasil 1998.
- Pitirre de Melhor Animação, no San Juan Cinemafest, Puerto Rico 1998.
- Ariel de Melhor Curta-metragem de Animação, México 1999.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Outro Cine nas Redes Sociais

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Consciente que são novos tempos na internet, que os blogs perderam força e já não atraem tanto quanto anos atrás, estou tentando correr atrás da máquina e inserir o Outro Cine em novas plataformas. Sites como o Facebook de certa forma limitaram a aventura que era navegar pela internet e passaram a amarrar internautas que preferem a segurança de conteúdos oferecidos nestas redes. Claro, ao invés de apenas lamentar é preciso se adaptar. Por isso, o Outro Cine agora está nas redes sociais mais populares, não apenas para divulgar o conteúdo do blog, mas também para estreitar laços com quem gosta de acompanhá-lo e, além disso, tentar expandir seu público.

Estar presente neste tipo de site não é bem uma novidade para o Outro Cine, que anos atrás já figurava no Orkut, em forma de comunidade; e no MySpace, aonde disponibilizava na integra as postagens do blog. O que difere é que antes eu usava meu perfil pessoal para isto, agora são páginas exclusivas do Outro Cine. Sei que isso significa aumentar em cinco vezes o meu trabalho, porém, é impossível negar que talvez seja a única forma, digamos, gratuita para propagar conteúdo. Peço gentilmente que sigam, curtam e compartilhem tudo que gostarem, pois o meu único pagamento, após passar horas a fio garimpando filmes na internet, é a satisfação de ver que existem pessoas que acompanham e valorizam o meu esforço. Se curtirem os filmes e as postagens, compartilhem e deem joinha! Tenham certeza que é algo motivador e ajuda que esta dedicação apaixonada, chamada Outro Cine, cresça. Abraços!

Yerko Herrera - editor, faz tudo e membro único do Outro Cine


O Outro Cine está presente nas seguintes redes sociais: Facebook, Twitter, Google Plus, Tumblr e Pinterest.

Para seguir e curtir

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OutroCine

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Humor nonsense em comédia uruguaia

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PALANGANA. Desajeitado, o protagonista comete trapalhada
Numa festa em que um cara resolve se divertir de maneira, digamos, ilícita, ocorrerá uma situação que apenas realçará a fama de pateta do personagem central, já implícito no título do filme. Realizado dentro de um banheiro, cada personagem que surge em cena contribui para o ambiente surreal de Palangana, escrito e dirigido por Manuel Berriel. Com uma trilha sonora porrada, o final insperado reforça o humor nonsense deste curta-metragem uruguaio.

Palangana


Sinopse
Durante uma festa um cara resolve se divertir a sua maneira desconsiderando o risco por ser estabanado.

Gênero Ficção
Diretor Manuel Berriel
Elenco Nacho Cawen, Gaston Fernandez, Lucia Garibaldi, Federico Torrado, Raquel Acosta
Ano 2007
Duração 6 min
Cor Colorido
País Uruguai

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Jesus Cristo como nunca visto em curta espanhol

Véspera de Natal! Entre Papai Noel, árvores de natal e presentes, algumas vezes esquecemos que o espírito natalino deveria ser pra celebrar o aniversário do revolucionário Jesus Cristo, o Homem que transformou tanto o curso da história ocidental a ponto de que todos os fatos sejam dimensionados antes ou depois de seu nascimento. Motivado por um autêntico espírito Natalino que o Outro Cine apresenta orgulhosamente um sensacional curta-metragem espanhol, filme este que será um divisor de águas por aqui. Chamado Fist of Jesus, traz um Filho de Deus atrapalhado e combativo de um jeito nunca antes visto. 

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PUNHO de Jesus. Cristo e Judas fogem de terríveis zumbis
Acompanhado de seu braço direito, o fiel Judas Iscariotes, Cristo enfrentará fariseus, romanos e até caubóis macabros, tudo por conta de um milagre que, devido a falta de experiência, não sai bem como devia. Antes de continuar é importante realçar que trata-se de uma comédia, então cristão fervoroso que não está a fim de ver uma obra apócrifa melhor nem seguir adiante, ou pessoas sensíveis com nojinho de sangue, também ficar fora dessa, pois pra assistir Fist of Jesus precisa de boa dose de senso de humor e apreciação por um terror gore (ou Splatter, como queiram). Fãs de filmes B, ao estilo terror visceral dos anos 80, os diretores David Muñoz e Adrián Cardona contam que foi muito difícil fazer este curta, pois o realizaram com pouco dinheiro e sem qualquer equipamento. Os efeitos especiais foram feitos com materiais reciclados (garrafas de plástico, fita adesiva, cola) num processo que se assemelhava mais a artes e artesanato do que efeitos especiais. Entretanto, apesar de serem propositalmente exagerados, os efeitos visuais são impressionantes. Para driblar a escassez de recursos Muñoz e Cardona contaram com uma equipe composta por amigos e até turistas foram utilizados para figuração. Entre mais de 70 prêmios em festivais de cinema fantástico e quase dois milhões de visualizações no Youtube, seus realizadores receberam centenas de pedidos por e-mail clamando pela continuação das aventuras de Jesus e Judas. Foi então que decidiram produzir um longa-metragem baseado em Fist of Jesus que se chamará Once Upon a Time in Jerusalem. Para tal estão arrecadando dinheiro através de venda de camisetas e outros produtos de marketing, também estão pedindo contribuições através de um site de financiamento coletivo. Quem tiver a fim de contribuir clica aqui e quem quiser comprar produtos do filme clica aqui. Idioma original, legendas em inglês.

Espero que gostem do curta! Se gostarem peço que recomendem o Outro Cine e também acompanhem o blog nas redes sociais. Um Feliz Natal pra todos, um forte abraço deste que vos escreve nesta solitária missão chamada Outro Cine, que faço movido apenas por amor e pelo incansável desejo de compartilhar um pouco desta cultura chamada cinema. Esse é o meu presente pra vocês!
Fist of Jesus


Sinopse
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Gênero Ficção
Diretor David Muñoz / Adrián Cardona
Elenco Marc Velasco, Noé Blancafort, Salvador Llós, Victoria Roldán, Roger Sotera, José María Angorrilla
Ano 2012
Duração 15 min
Cor Colorido
País Espanha

A Noite antes do Natal - Episódio de Tom e Jerry de 70 anos atrás

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Em dezembro de 1941 era lançado o terceiro episódio da primeira temporada de Tom e Jerry, chamado The Night Before Christmas. Dirigido por William Hanna e Joseph Barbera para a Metro-Goldwyn-Mayer, o curta na época foi exibido em salas de cinema e recebeu indicação ao Oscar de melhor curta-metragem de animação daquele ano. Há décadas que este episódio não passa mais da televisão brasileira, então trata-se de uma oportunidade única de assistir está belezura que, por incrível que pareça, é de domínio público. É impressionante a qualidade da série animada quando a dupla Hanna-Barbera ainda trabalhava na MGM.

Tom and Jerry - The Night Before Christmas


Sinopse
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Pôster de The Night Before Christmas
Jerry mexe em tudo... E ele está se divertindo jogando com os brinquedos, até que ele confunde Tom com um bichinho de pelúcia e o acorda.

Gênero Animação
Diretor William Hanna / Joseph Barbera
Vozes Clarence Nash - Tom
Ano 1941
Duração 9 min
Cor Colorido
País EUA

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Registro expõe lado pouco conhecido da capital norte-coreana

Nesse final de ano, nada foi mais destaque nas notícias sobre cinema do que a Coreia do Norte. Tudo começou com o vazamento de dados sigilosos e e-mails confidenciais dos executivos da Sony Pictures Entertainment. Hackers ameaçavam estremecer os EUA caso fosse lançado o filme A Entrevista, comédia sobre uma tentativa de assassinato do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Todavia é mera especulação que os vazamentos e ameaças dos hackers à Sony tenham alguma ligação com os norte-coreanos, entretanto, Barack Obama já fez advertências a Coreia comunista e especulasse que o apagão da internet nas terras Kim Jong-un, nestes últimos dias, tenham a ver com essa advertência estadunidense.

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PYONGYANG. Menina dos patins é surpreendida por filmagens
Toda essa introdução é pra perguntar: O que sabemos sobre a Coreia do Norte? Além do extravagante corte de cabelo de seu líder, creio que quase nada. Os cineastas Rob Whitworth e JT Singh registraram cenas típicas da vida diária da República Popular Democrática da Coreia que podem saciar um pouco da curiosidade sobre esse país asiático. Enter Pyongyang é um documentário impressionante em time-lapse sobre a capital norte-coreana. Seus realizadores acreditam que este vídeo é a contribuição multi-mídia mais importante para transcender clichês sobre a Coreia do Norte como uma sociedade regida pela reclusão e miséria. Eles acrescentam que ao visitar a capital Pyongyang é provável que o visitante seja surpreendido com o quão limpo e ordenado é a cidade. Acreditam eles que Enter Pyongyang é um filme de observação e afirmam que em nenhum momento tiveram que fingir ser partidários do Governo da RPDC ou sua filosofia, a fim de ser concedida a permissão para filmar este filme. Em sua conta no Vimeo, JT Singh completa, "surpreendentemente, foi dado o controle editorial completo na confecção desta peça". Pyongyang de fato é uma bela cidade, porém, uma das cenas mais bacanas, que é justamente a favorita de Rob Whitworth, é a de uma garotinha andando de patins em um parque que fica surpresa ao perceber que está sendo filmada. Espie abaixo um pouco da capital norte-coreana.

Enter Pyongyang


Sinopse
A capital norte-coreana documentada sob outro ponto de vista.

Gênero Documentário
Diretor  Rob Whitworth / JT Singh
Ano 2014
Duração 3'14''
Cor Colorido
País Coreia do Norte

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Confere Surpreendente Curta Paraguaio

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De LUGAR NENHUM. A linda Alicia Martin atriz do curta paraguaio
Vertiginoso! Desconcertante e surpreendente, o curta-metragem paraguaio Ningún Lugar foge do comum e dá uma porrada no espectador em apenas cinco minutos. Com uma câmera nervosa em estilo documental, mostra uma bela mulher no momento que ela chega num estúdio de gravação de áudio pra a leitura de um suposto anúncio. Pra manter a surpresa é melhor nem contar mais nada. O diretor Luis Aguirre, dono da produtora Antagonista, trata de buscar uma identidade nacional paraguaia através da ficção em seus trabalhos. Recentemente dirigiu o longa-metragem Un Revolber en la Chaca, documentário sobre o rock em um bairro de Assunção disponível completo pela internet.
Ningún Lugar


Sinopse
Quando falhamos em enquadrar bem os nossos atos o boom entra em quadro.

Gênero Ficção
Diretor Luis Aguirre
Elenco Alicia Martin, Quique Calabrese, Sebastián Díaz, Bautista Aguirre
Ano 2008
Duração 5 min
Cor Colorido
País Paraguai

Primeiro Episódio de Brincadeirantes

animação, curta-metragem, primeiro episódio, desenho animadoEis aqui o episódio de estreia da série animada idealizada por Paulo Henrique Machado, intitulada Brincadeirantes. Só foi possível concretizar este piloto devido a campanha de financiamento coletivo que Paulo Henrique promoveu e que arrecadou os R$ 120 mil necessários para sua realização. A animação Brincadeirantes conta a história de cinco crianças vítimas de paralisia infantil, inspirada na própria vida do seu criador e na de seus amigos de infância. Paulo Henrique vive há 46 anos numa UTI e quem quiser assistir uma matéria onde ele conta como superou seus limites pra realizar o seu grande sonho, clica aqui.

Brincadeirantes - primeiro episódio


Sinopse
Episódio piloto da série Brincadeirantes

Gênero Animação
Diretor Paulo Henrique Machado
Dubladores Róbson Kumode, Lene Bastos, Affonso Amajones, Alex Minei, Kandy Ricci, Márcia Regina
Ano 2014
Duração 10 min
Cor Colorido
País Brasil

Há 46 anos na UTI, paciente cria desenho animado

Assista abaixo a comovente matéria da Folha de São Paulo sobre Paulo Henrique Machado, paciente que está internado há 46 anos numa UTI e que decidiu concretizar o sonho de realizar uma animação.



As brincadeiras de sete crianças com paralisia infantil, que passaram a infância internadas numa UTI do Hospital das Clínicas de São Paulo, viraram mote para uma série de desenhos, criada pelo líder da turma.

Paulo Henrique Machado, 47, que vive ligado a um respirador artificial no Hospital das Clínicas desde um ano de idade, é mentor e roteirista da animação "Brincadeirantes", concluída nesta semana. A Folha revelou sua história no ano passado.

O episódio-piloto, com dez minutos, foi possível graças a um financiamento coletivo que arrecadou R$ 120 mil. Um total de 1.612 doadores colaboraram com a empreitada.

Leia mais: http://folha.com/no1563900

Informações via canal do Youtube da Folha de São Paulo

Confira aqui o primeiro episódio de Brincadeirantes

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Curta Cubano mostra força Feminina - #VaiPraCuba!

Em 2014 nunca se ouviu tanto a expressão "vai pra Cuba", dito como se isso fora o pior dos xingamentos. Pois, então convido a todos que quiserem vir junto comigo pra esta linda ilha do Caribe. Vêm, vamos todos pra Cuba! Apresento mais um curta-metragem realizado no país dos irmãos Castro, nesta sessão que batizo informalmente de #VaiPraCuba! 

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MARIA é uma garotinha cubana forte e decidida
Maria é uma menina que adora brincar com os meninos e não vê problema algum nisso. Entretanto, não é o que todos os meninos pensam. O curta Maria y Osmey é um grito da liberdade e da igualdade de gênero, aonde a pequena Maria vai acabar sozinha com o machismo de alguns garotos. Osmey é um engenhoso garoto que dribla a carência de recursos com criatividade e é o primeiro a se dobrar para a sagaz amiga. O filme, assim como o curta postado anteriormente (El Año de Cerdo), mostra que o beisebol é de fato uma paixão nacional pros cubanos. Atentem para o final do filme, em que um grave anúncio oficial é transmitido pelo rádio. Idioma original, com legendas em inglês.
Maria y Osmey


Sinopse
Meninos cubanos praticam a democracia enquanto tentam resolver conflitos durante uma partida de beisebol.

Gênero Ficção
Diretor Diego Arredondo
Elenco Richard Yendry Andrade Delgado, Ninet Izquierdo Fonseca, Richard López Batista
Ano 2007
Duração 8 min
Cor Colorido
País Cuba

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Até Pequenos Atos podem mudar Destinos

Meio século depois, EUA e Cuba voltam a se aproximar e começam a restabelecer relações diplomáticas. Ainda não é o fim de um dos embargos mais cruéis imposto pelo imperialismo estadunidense, mas, o fato de Barack Obama estabelecer contato com Raúl Castro, já é um marco histórico que transformará a relação entre os dois países. Pra não deixar este dia passar em branco, o Outro Cine traz o premiadíssimo curta cubano El Año del Cerdo, que na tradução literal para o português seria O Ano do Porco, uma referência ao horóscopo chinês.

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Zodíaco CHINÊS. Annia Bu é Alejandra Ping em El Año del Cerdo
E é justamente no bairro chinês de Havana, mais especificamente num restaurante de comida chinesa, que se desenvolve a história. Conduzido por um narrador, o espectador é apresentado a Chang Rodríguez, um avoado funcionário do restaurante que passa a ser a peça chave que une todos os personagens da trama, digamos que ele é o biscoito da sorte do curta. Algo que Chang fez no passado modificou a vida de todos os moradores do prédio aonde se localiza o estabelecimento em que ele trabalha. A cada personagem surge uma informação que joga luz ao ocorrido. Entretanto, é justamente Chang que por ventura restabelecerá a ordem normal na vida destes mesmos vizinhos. Muito bem decupado e com um roteiro encaixado, a diretora Claudia Calderón conduz com maestria El Año del Cerdo. O curta-metragem, filme-tese realizado por cinco ex-alunos da Escola de Cine e Televisão de San Antonio de los Baños, teve exitosa passagem por festivais e conquistou mais de vinte prêmios mundo a fora. Idioma original, com legendas em inglês.

El Año del Cerdo


Sinopse
Conta a história de um pitoresco bairro chinês de Havana onde convivem uma jovem obcecada por colecionar manuais, uma ex-cantora de ópera cantonesa e um lutador de Kung fu. Todos conectados pelo entregador do restaurante chinês do primeiro andar, Chang Rodríguez.

Gênero Ficção
Subgênero Comédia
Diretor Claudia Calderón
Elenco Antulio Marín, Annia Bu, Caridad Amarán, Alejandro Chiu, Mario Guerra, Luis Alberto Delgado, Hilda Chiu, Marlenys Choy Chang, Barbara Díaz, Joan Abreu
Ano 2008
Duração 9'30''
Cor Colorido
Bitola 35mm
País Cuba

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Atentado no Chile - Mulher Derruba Edifício em Curta Espetacular

Em primeira mão, recém saído do forno, o Outro Cine apresenta o curta-metragem chileno lançado nesta terça (16/12) na internet e que movimentou as redes sociais no Chile. Trata-se do curta Súper M, onde uma mãe faz qualquer coisa para que seu filho possa apreciar a paisagem sentado em seu berço. O filme, dirigido por Víctor Uribe, traz uma super mãe, interpretada pela belíssima Paloma Hoyos, que resolve tomar uma medida radical para que seu bebê possa ver as montanhas da janela do apartamento.

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ATENTADO. Por filho mãe faz tudo, até derrubar um arranha-céus
Armada com um lançador de mísseis, a jovem mãe resolve pôr abaixo a torre central de um complexo financeiro conhecido como Costanera Center. Localizado em Santiago do Chile, o edifício com 300 metros de altura não só é o arranha-céus mais alto do Chile como também é o maior de toda América Latina. O curta tem a intenção de mostrar para os chilenos que sua indústria cinematográfica possui capacidade de realizar efeitos especiais tão realistas quando os de Hollywood. Segundo Uribe, "assim como as produções dos EUA são capazes de derrubar a Casa Branca ou cidades inteiras com efeitos visuais para entreter os espectadores, nós esperamos conseguir algo semelhante com este curta, o encaramos como um entretenimento cinematográfico com o qual fazemos a imaginação voar e conseguimos aprender muitíssimo". E sobre o fato da heroína derrubar um gigante de 60 andares para que seu primogênito possa ver a montanha desde seu berço, o diretor explica: "Não se trata de fazer apologia ao terrorismo, é só um exagero das ações que uma mãe pode realizar por um filho". Uribe conta que sua inspiração foi a própria mãe, uma doce velhinha, a quem ele dedica esta produção, ademais de dedicar o filme a todas mães. Se a intenção de Víctor Uribe era criar um filme com efeitos visuais realistas, ele cumpre o objetivo de maneira convincente com as cenas de destruição em Súper M.
Súper M


Sinopse
Súper M é um curta-metragem sobre o amor maternal e sobre a coragem de uma mãe... e, enfim... sua capacidade para utilizar alta tecnologia contrabandeada... por amor a seu filho.

Gênero Ficção
Diretor Víctor Uribe
Elenco Paloma Hoyos, Baltazar Fritz Valencia, Tess
Ano 2014
Duração 6'30''
Cor Colorido
País Chile

Filmes Brasileiros são premiadas em Festivais de Cuba e Portugal

Brasil volta cheio de prêmios dos festivais de Havana, em Cuba, e Santa Maria da Feira, em Portugal
Dezesseis produções nacionais foram premiadas nos dois eventos, esta semana

por Assessoria de Comunicação da Ancine

No último domingo, 14 de dezembro, dois importantes festivais internacionais deram destaque ao cinema brasileiro: Dezesseis produções nacionais foram premiadas no Festival de Cinema Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira, em Portugal, e no Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano, em Havana, Cuba.

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Cena de "Com os punhos cerrados", melhor filme no Festival de Cinema Luso Brasileiro

Festival de Cinema Luso Brasileiro premia 11 produções nacionais

A 18ª edição do Festival de Cinema Luso Brasileiro, realizado em Santa Maria da Feira, que aconteceu entre os dias 7 e 14 deste mês, consagrou o cinema brasileiro em sua noite de encerramento: nada menos do que onze produções brasileiras foram laureadas.

“Com os punhos cerrados”, de Ricardo Pretti, Luiz Pretti e Pedro Diógenes, ganhou o prêmio de Melhor Filme do festival e “O jogo das decapitações”, de Sérgio Bianchi, foi contemplado com o Prêmio Especial do Júri. Para a crítica, o melhor filme exibido no evento foi o longa “Ventos de agosto”, de Gabriel Mascaro; já o favorito do público foi “Permanência”, de Leonardo Lacca.

Ainda entre os longas-metragens, a coprodução com a Alemanha “Praia do Futuro”, de Karim Aïnouz, ganhou os prêmios de Melhor Trilha Sonora e Melhor Som; “A vida privada dos hipopótamos”, de Maíra Bühler e Matias Mariani, trouxe para casa o Prêmio dos Cineclubes; e Paulo André foi agraciado com o prêmio de Melhor Ator por sua atuação no longa-metragem “O homem das multidões”, do pernambucano Marcelo Gomes e do mineiro Cao Guimarães.

"Com os punhos cerrados", "A vida privada dos hipopótamos", "Ventos de agosto", e "Permanência” participaram do festival com o apoio da ANCINE, por meio do Programa de Apoio à Participação em Festivais Internacionais, que concede auxílios diversos a produções oficialmente convidadas a participar de 77 mostras e festivais de cinema no exterior. Clique aqui para saber mais sobre o Programa de Apoio.

Entre os curtas-metragens, os brasileiros premiados foram “La llamada”, de Gustavo Vinagre, vencedor do prêmio de Melhor Curta; “E”, de Alexandre Wahrhaftig, Helena Ungaretti e Miguel Antunes Ramos, que ganhou o Prêmio Especial do Júri; “Geru”, de Fábio Baldo, vencedor do Prêmio da Crítica; e “Edifício Tatuapé Mahal”, de Carolina Markowicz e Fernanda Salloum, escolhido pelo público do festival como o melhor entre os curtas em competição.

Em Havana, seis filmes brasileiros premiados com o troféu Coral

Já a 36ª edição do Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano, em Havana, que começou no dia 4 de dezembro e também teve seu encerramento no domingo, premiou seis produções brasileiras.

O Troféu Coral, prêmio oficial do Festival de Havana, foi conquistado por seis filmes nacionais: “Praia do Futuro”, de Karim Aïnouz, ganhou o prêmio nas categorias Música Original e Melhor Som; “Sem coração”, de Nara Normande e Tião, foi o vencedor da categoria Curtas e Médias-metragens de Ficção; e “Obra”, de Gregorio Graziosi, que foi assistido pelo diretor do festival, Ivan Giroud, no Programa Encontros com o Cinema Brasileiro, recebeu o Coral de Contribuição Artística.

Entre os filmes de animação, “Castillo y el armado”, de Pedro Harres, ficou com o prêmio de melhor curta.Clara Simas e Isabella Alves venceram o prêmio de melhor cartaz de cinema pelo trabalho para o filme "Sexta Série", de Cecilia da Fonte. Finalizando a lista, o longa “A estrada 47”, de Vicente Ferraz, recebeu menção especial do júri.

Para mais informações sobre o Festival Luso Brasileiro ou o Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano, acesse o site dos eventos.

Fonte: Ancine

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Cinema que funciona com energia solar faz sessão ao ar livre na Lapa

por Isabela Vieira - Agência Brasil

Através de placas solares veículo armazena a energia elétrica. Cinesolar 
Os Arcos da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, se transformam hoje (15), em cinema ao ar livre. Pela primeira vez, um dos principais pontos turísticos da cidade recebe o Cinesolar, que utiliza a energia solar para projetar filmes e é inédita no Brasil. A partir das 19h, serão exibidos o longa-metragem Saneamento Básico, de Jorge Furtado, e o curta Contos Urbanos, de Tarsilla Alves e Fernando Mamari, em pré-estreia.

Criado para rodar filmes onde o acesso ao cinema é mais difícil, o Cinesolar, chega a ao Rio, depois de percorrer mais de 60 cidades pelo país. “A ideia é levar o cinema nacional para lugares que têm precário acesso a esse bem. Passamos por muitos lugares que ou não têm sala de cinema ou, quando têm, é dentro dos shoppings, onde não passam filmes nacionais”, explicou um dos coordenadores da iniciativa, da produtora Brazuca, Marco Costa.

Já os filmes exibidos no projeto são selecionados de acordo com a temática, preferencialmente, a sustentabilidade. “Temos uma curadoria que privilegia o cinema brasileiro aliado à questão da sustentabilidade, do meio ambiente”, disse Costa, citando como exemplo o longa Saneamento Básico, uma comédia que fala sobre a construção de uma fossa. “Mas também incluímos filmes brasileiros que não tenham tido tanta visibilidade”, acrescentou o coordenador.

Todos os equipamentos de exibição, de som e as cadeiras são transportados em um caminhão adaptado com placas solares. Por meio de um conversor, o veículo armazena a energia elétrica. Desde que começou a funcionar, em junho de 2013, o projeto aproveitou 280 mil watts de energia solar, que seria suficiente para manter uma geladeira ligada por cerca de um mês ininterrupto.

Esta noite, quem for assistir ao Cinesolar na Lapa presenciará uma revoada de origamis de tsuru (passarinho da sorte, feito de papel), que simboliza a paz, e ouvirá a harpista Alice Emery, que se apresenta entre as sessões.

Fonte: EBC - Todo o conteúdo da EBC está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil exceto quando especificado em contrário e nos conteúdos replicados de outras fontes.

Inscrições para o Chilemonos, Festival Internacional de Animação

Inscrições abertas para o Chilemonos - Festival Internacional de Animação, no Chile
Edição 2015 do evento, que acontece em maio, terá o Brasil como país convidado. Inscrições podem ser realizadas até o dia 5 de janeiro


festival de animação chile chilena
O Chilemonos - Festival Internacional de Animação tem inscrições abertas para sua próxima edição, a ser realizada entre os dias 5 e 10 de maio de 2015, em Santiago, no Chile. O festival, que está em sua 4ª edição, tem o objetivo de difundir o gênero de animação no país. A organização do evento já adiantou que a edição deste ano terá o Brasil como país convidado.

Sobre as inscrições

Os interessados devem acessar as plataformas FilmFreeway, Festhome e Short Film Central para realizar as inscrições, gratuitas, até o dia 5 de janeiro. As cópias podem ser enviadas por via postal ou por meio de um link para visualização na internet.

Filmes brasileiros podem concorrer aos prêmios nas competições Ibero-Americana de Longas-Metragens de Animação, Internacional de Curtas-Metragens de Animação, Latino-Americana de Curtas-Metragens de Animação, Internacional de Curtas-Metragens Experimentais de Animação, Internacional de Curtas-Metragens Estudantis de Animação, Latino-Americana de Séries de Animação, e Latino-Americana de Web-Séries de Animação.

Além da exibição de filmes, o evento promove ainda uma série de atividades extras como master classes, workshops, laboratórios de projetos e conferências sobre animação e criação de personagens. Para mais informações, acesse o site oficial do Chilemonos - Festival Internacional de Animação.

Fonte: Ancine

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Emblema: O Filme sobre a Ditadura que levou seu realizador pra prisão

Recentemente a Comissão Nacional da Verdade identificou 377 autores de violações aos direitos humanos durante a ditadura. Durante esse período, centenas de pessoas foram presas, torturadas, assassinadas e muitas ainda são dadas como desaparecidas. Enquanto isso, paralelamente, grupos de extrema direita, com tendências golpistas, lamentam o resultado das urnas e questionam a nossa sólida democracia. Recordar o passado ajuda o nosso futuro. Nada melhor que assistir ao emblemático Manhã Cinzenta, média-metragem de Olney São Paulo, realizado entre 1968 e 1969.
"Olney é a Metáfora de uma Alegorya. Retirante dos sertões para o litoral – o cineasta foi perseguido, preso e torturado. A Embrafilme não o ajudou, transformando-o no símbolo do censurado e reprimido."
De Glauber Rocha, em seu livro Revolução do Cinema Novo (Rio de Janeiro. Alambra/Embrafilme: 1981, p. 364)
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MANHÃ CINZENTA. Casal de estudantes é preso e torturado por forças repressoras 
Manhã cinzenta, primeira produção brasileira a ganhar o prêmio Obernhausen, na Alemanha Oriental, aborda um golpe de estado num país imaginário da América Latina. Um casal de estudantes se desloca para uma passeata onde o rapaz, um militante, lidera um comício. Presos durante a manifestação, torturados na prisão, eles sofrem um inquérito absurdo dirigido por um robô e um cérebro eletrônico. Tragicamente, a realidade copiou a ficção é o diretor Olney São Paulo foi perseguido, preso e torturado por conta deste filme. Os negativos e cópias do filme foram confiscados em 1969, felizmente uma das cópias foi salva e permaneceu escondida por 25 anos na Cinemateca do MAM no Rio de Janeiro.

"A proposta inicial de Manhã Cinzenta era que viesse a compor um projeto de um filme com três histórias. Dois episódios seriam acrescentados, a saber, uma comédia e um cinema-verdade, além do já existente, que ficou como a versão final. No entanto, com a apreensão de Manhã Cinzenta e a censura, o projeto foi abandonado por Olney São Paulo, ficando apenas um filme de caráter independente que, embora ficasse inédito no Brasil, ganhou muita repercussão em outros países. Exemplo desse reconhecimento e da valorização foi a premiação recebida na Alemanha, bem como as participações em festivais de Cannes, em 1970; Cracóvia, na Polônia; Viña del Mar, no Chile; Pesaro, na Itália, e em Londres." (fonte: Cine Cachoeira)
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REPRESSÃO. Personagem alegoriza fascismo e nazismo

Pra saber mais sobre Olney São Paulo e Manhã Cinzenta:



“Manhã Cinzenta é o grande filmexplosão de 1968 e supera incontestavelmente os delírios pequeno-burgueses dos histéricos udigrudistas. Montagem caleidocóspia, desintegra signos da luta contra o Systema – panfleto bárbaro e sofisticado, revolucionário a ponto de provocar prisão, turtura e iniciativa mortal no corpo de Artysta. O Cinema Nordestino, Cinema Popular metaforizado em Olney e Miguel Torres, vítimas dos invasores – Heroys do Brazyl!” - Glauber Rocha.

"A imagem que guardo do meu compadre é uma síntese daquele documentário que ele fez sobre os sábios do tempo, os velhos sertanejos que dominam sistemas ancestrais de medição meteorológica [Sob o ditame do rude Almajesto: sinais de chuva (1976)]. Vejo-o de chapéu de couro, no raso da caatinga, conversando com os ventos, para saber de onde vêm e para onde vão." - Nelson Pereira dos Santos sobre Olney São Paulo.

Manhã Cinzenta


Sinopse
Um golpe de estado num país imaginário da América Latina. O poder. A repressão. O filme que levou seu realizador aos porões da ditadura.

Gênero Ficção
Diretor Olney São Paulo
Elenco Sonelio Costa, Janete Chermont
Ano 1969
Duração 22 min
Cor P&B
Bitola 35mm
País Brasil

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Documentário registra Mulheres unidas contra o estupro

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MULHERES UNIDAS tomaram frente na batalha contra estupro
Hoje, dia 09 de dezembro de 2014, sucedeu um lamentável episódio na Câmara dos Deputados. O deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), numa criminosa e completa falta de decoro, disse a deputada federal Maria do Rosário (RS) que só não a estuprava porque ela não merecia. Lembremos ao senhor deputado, que foi eleito com 400 mil votos, que ninguém merece. Revoltante. Por isso o Outro Cine posta o documentário As Justiceiras do Capivari, dirigido pelo talentoso Felipe Nepomuceno.

As Justiceiras do Capivari


Sinopse
Documentário sobre as Justiceiras do Capivari, grupo de mulheres que resolveu tomar a frente na batalha contra o estupro, em uma área sem lei da Baixada Fluminense (RJ).

Gênero Documentário
Diretor Felipe Nepomuceno
Ano 2002
Duração 10 min
Cor Colorido
Formato HD
País Brasil

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho ganha apoio da ANCINE na campanha por Indicação ao Oscar

"Hoje eu quero voltar sozinho" recebe apoio da ANCINE na campanha por indicação ao Oscar
Filme de Daniel Ribeiro concorre a uma vaga entre os finalistas para o prêmio de melhor filme estrangeiro

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"Hoje eu quero voltar sozinho", de Daniel Ribeiro, escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga entre os finalistas da categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira na próxima edição da premiação anual da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas - o Oscar, foi contemplado pelo Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros na Disputa pela Indicação ao Oscar da ANCINE. O valor do apoio é de R$ 150 mil para utilização em sua campanha de divulgação internacional.

Para a produtora Diana Almeida, da Lacuna Filmes, o apoio da Agência ajuda a aumentar as chances do filme alcançar a indicação na lista final: "O apoio da ANCINE será usado para arcar com os custos de exibições extras para os membros da Academia e com anúncios em revistas especializadas com as datas das exibições. Como são muitos filmes e um tempo muito curto para os membros assistirem a todos, o fundamental é conseguir se destacar e criar possibilidades para que o filme seja visto, por isso as sessões extras e os anúncios são muito importantes", afirmou ela, aproveitando pra dizer que "nas exibições que já foram realizadas, temos sentido que o filme está agradando aos membros." Além do suporte oferecido pela ANCINE, o filme recebeu apoio do Ministério das Relações Exteriores, na forma de concessão de passagens aéreas, e do Programa Cinema do Brasil, que bancou a publicação de anúncios nas revistas especializadas Variety e The Hollywood Reporter.

O filme foi escolhido como representante brasileiro na disputa pela vaga por meio de um processo seletivo organizado por uma Comissão Especial de Seleção do Ministério da Cultura e divulgado no dia 18 de setembro. Baseado no curta "Eu não quero voltar sozinho", também de Daniel Ribeiro, seu primeiro longa-metragem mostra o cotidiano do adolescente cego Leonardo, sua relação com a melhor amiga, Giovana, e seu envolvimento com Gabriel, seu colega de escola. "Hoje eu quero voltar sozinho" foi um dos contemplados na chamada pública PRODECINE 01/2012 do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e contou com um investimento de R$ 600 mil em sua produção.

Com ou sem a consagração no Oscar, "Hoje eu quero voltar sozinho" já faz uma carreira internacional de respeito. Desde sua première no Festival de Berlim, em fevereiro, o longa já acumula mais de três dezenas de prêmios em festivais internacionais, entre eles os prêmios Teddy e FIPRESCI em Berlim; o prêmio de melhor filme pelo público do Festival de Guadalajara, no México; e o prêmio de melhor direção para Daniel Ribeiro no Festival Ibero-americano de Huelva, na Espanha. O longa ainda teve seus direitos de exibição negociados com 23 países.

Fonte: Ancine

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho - Trailer Oficial

sábado, 6 de dezembro de 2014

Olhar de uma Mosca em Premiada Animação Húngara

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A MOSCA. Olhar sob a perspectiva de uma mosca
Uma fantástica animação húngara de 1980 nos faz ver o mundo sob o vertiginoso olhar de uma mosca. O curta A Légy (The Fly) entre tantos prêmios que conquistou também ganhou o Oscar de melhor curta-metragem de animação em 1981. O diretor Ferenc Rofusz, que na época morava em Budapeste, não pôde sair da Hungria para receber a premiação, entretanto, sem o seu conhecimento, alguém recebeu o prêmio. Rofusz certa vez contou que foi surpreendido durante a transmissão por ver alguém, que ele não sabia quem era, aceitar o prêmio por ele. Segundo o que foi publicado sobre o caso, em 1981, pelo jornal LA Times, enquanto os apresentadores Alan Arkin e Margot Kidder estavam anunciando que a academia aceitaria em nome de Rofusz, um homem barbudo subiu ao palco, fez um discurso de agradecimento curto, posou para as fotos obrigatórias e partiu com um Oscar, deixando, de alguma forma, um ar misterioso. Parece que pra Rofusz, assim como a mosca de seu filme, sua estatueta saiu voando. No entanto, houve um final feliz. Desconheço como, mas, após o ocorrido, o animador recebeu a estatueta.

A Légy (The Fly)


Sinopse
Um belo dia na vida de uma mosca apresentado completamente do ponto de vista da mosca. Um belo dia, até que algo triste acontece.

Gênero Animação
Diretor Ferenc Rófusz
Ano 1980
Duração 3 min
Cor Colorido
Bitola 35mm
País Hungria

Inocência e Violência misturadas em Jogo de Guerra - Curta Italiano

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Violência e Inocência em O Jogo de Guerra
A violência estimulada num inocente menino através de seus brinquedos. Um garoto brinca de guerra no instigante curta-metragem italiano Il gioco della guerra, dirigido por Luca Immesi e Giulia Brazzale. Segundo os realizadores, a proposta neste curta foi recriar o estilo de filmagem de um documentário de guerra.



Il gioco della guerra


Sinopse
Uma criança está brincando o "jogo de guerra" com seus brinquedos. O jogo é divertido até que a criança percebe a crueldade e a violência dos conflitos armados.

Gênero Ficção
Diretor Luca Immesi / Giulia Brazzale
Elenco Nicola Arabi
Ano 2004
Duração 3 min
Cor Colorido
Bitola 16mm
País Itália

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Edital do MinC contemplará jovens Documentaristas

Edital premiará documentaristas jovens de todo o país

Documentários, doc, edital
A Cinemateca Brasileira, a Secretaria de Audiovisual (SAv) do Ministério da Cultura (MinC) e Universidade Federal de São Paulo (FAP-UNIFESP), em parceria com as universidades federais, estão lançando um edital que vai premiar jovens documentaristas de todo o país. Serão selecionados 10 projetos de autoria de jovens de 18 a 29 anos de idade.

Os projetos selecionados receberão um prêmio de R$ 100 mil para ser usado na produção do documentário. As inscrições podem ser feitas até o dia 27 de fevereiro de 2015 pelo endereço www.jovemdoc.org.br

Os projetos deverão contemplar aspectos relacionados à participação social e política dos jovens: inclusão, liberdade e participação do jovem na vida em sociedade; culturas urbanas, digital e cidadania; produção cultural, prática esportiva, mobilidade territorial.

Para participar, os jovens deverão se associar a uma empresa produtora registrada na Agência Nacional de Cinema (ANCINE). Os 10 documentários contemplados serão exibidos em tevês públicas e educativas. O edital será lançado em oito capitais brasileiras.

Veja abaixo o cronograma de lançamento:

Rio de Janeiro26/nov13hAuditório da Central de Produção Multimídia ECO/UFRJAvenida Pasteur, 250/fundos - Campus da Praia Vermelha/UFRJ
Belo Horizonte27/nov17hFaculdade de Educação - FAE/UFMGAv. Antônio Carlos, 6627 - Pampulha
Curitiba28/novAuditório SACOD- Setor de Arte, Comunicação e Design / UFPRRua Rua Bom Jesus, 650 - Cabral
Salvador2/dez14h30Faculdade de Educação/UFBaAv. Reitor Miguel Calmon, s/n - Vale do Canela
Brasília2/dez14hUniversidade de Brasilia - Auditório 04UnB - bloco E, Térreo - Instituto de Biologia/IB
Goiânia03/dez14hAuditório Luís Palacin Faculdade de Ciências SociaisUniversidade Federal de Goiás - Campus 2
Belém04/dez14h30Laboratório de Projeção do Anexo ao Atelier de ArtesFaculdade de Artes Visuais Rua Augusto Correa, nº 1 - Guamá
Porto Alegre05/dez19hSala Redenção - Cinema Universitário/UFRGSAv. Luiz Englert, s/ nº - Farropilha


Fonte: http://www.cultura.gov.br - Governo Federal. Licença de Uso: O conteúdo do MinC, vedado ao seu uso comercial, poderá ser reproduzido desde que citada a fonte, excetuando os casos especificados em contrário e os conteúdos replicados de outras fontes.

Após 407 curtas, Oficina que ensina Cinema na Periferia vira Livro

O que um jovem da periferia quer contar quando põe a mão na massa?

Por Redação TelaBr

Quando um jovem brasileiro tem a oportunidade de por a mão na massa e pegar em uma câmera para contar a sua história, o que ele tem a dizer? Preferem ficção ou documentário? Amor ou violência? O livro Cine Tela Brasil e Oficinas Tela Brasil: 10 anos levando cinema a escolas públicas e comunidades de baixa renda traz essas respostas e revela que, quando os jovens estão com a câmera na mão, os conflitos subjetivos são predominantes sobre as temáticas de violência e preconceito.

No ano de 2007, nasciam as Oficinas Tela Brasil, que foram idealizadas a partir da necessidade de se promover uma verdadeira transformação. O cineasta Luiz Bolognesi percebeu que, em vez de apenas assistir às histórias contadas, era importante e necessário dar a oportunidade do brasileiro comum também contar as próprias histórias em audiovisual. No primeiro ano, cinco cidades foram contempladas. As turmas eram formadas por 20 alunos cada, selecionados a partir de uma ficha de inscrição simples.

As Oficinas Tela Brasil colocaram 205 educadores em campo, atenderam a um total de 3.158 alunos, em sua maioria jovens, que produziram 407 curtas-metragens. O livro, idealizado pelos cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi após sete anos de realização de oficinas para jovens, traz a catalogação desses curtas, produzidos por mais de 3 mil jovens de baixa renda impactados pelo projeto de cinema. Um dado impressiona: das 407 produções, apenas em oito aparecem armas de fogo. Diferente dos filmes produzidos pela indústria cinematográfica, quando a periferia fala sobre ela mesma, a violência não é o tema central. “Não há nada mais revolucionário do que dar ferramentas para a expressão humana”, afirmou e acreditou Luiz Bolognesi, quando decidiu que também ensinaria o fazer audiovisual para dar espaço a tantas histórias que precisavam ser contadas pelo Brasil.

Uma das principais lições tiradas de todo trabalho realizado pela equipe coordenada pela educadora Moira Toledo e composta por Marina Santonieri e Henry Grazionli é que o cinema foi para aquelas pessoas uma chance – talvez única – de se fazerem ouvidos no contexto em que estavam inseridos. “Os alunos descobriam que, mesmo vivendo sob condições desaforáveis, podiam ter voz ativa e se fazer ouvir. Isso é definitivo para a autoestima. Não era raro ouvir um jovem dizer que aquela tinha sido a experiência mais importante da vida dele”, descreve Henry. Já Marina conta, em depoimento ao livro que “de repente” entendeu que o cinema poderia ser uma ferramenta de transformação social.

A mesma experiência, com as particularidades de cada local, foi repetida em 2014, durante a realização das oficinas, agora em Escolas Públicas do Brasil, pelo Instituto Buriti. O que os alunos querem contar quando colocam a mão na massa é o que estão vivendo e sentindo, e o que mais valorizam é justamente a possibilidade de serem ouvidos, de dizerem algo que, sem esse palco que é o cinema para eles, ninguém ouviria.

Nos sete anos do projeto, duas equipes conduziram as oficinas simultaneamente. Com visões distintas de como “alfabetizar” para o audiovisual, as equipes da Oroboros, comandadas por Moira Toledo, e da Corte Seco, por Edu Abad, fomentaram, cada uma do seu jeito, a criação e expressão dos alunos. Essas e outras histórias estão reunidas no livro sobre os 10 anos do Cine Tela Brasil e Oficinas Tela Brasil, livro será distribuído para 3 mil escolas públicas no Brasil e 500 exemplares serão vendidos na livraria do MIS-SP.

Fonte: Tela Brasil

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O Direito de Querer a Própria Morte - Curta-Metragem

Documentário Solitário Anônimo. Curta, short, corto.
SOLITÁRIO ANÔNIMO Intrigante bilhete encontrado com idoso
Um homem idoso e debilitado jogado na grama. Com ele apenas um bilhete no bolso. Sem nome e sem família, recusando a se identificar, o velho só afirma uma coisa: Quer somente o direito de morrer em paz. Poderia ser o argumento de alguma ficção. Poderia, mas, não é. Essa é uma história real de um senhor que um dia resolve deixar-se morrer. Sem documentos e nenhum pertence, ele carrega no bolso um pedaço de papel manuscrito, onde afirma não ter parentes ou familiares naquela região do País. No entanto, o que mais chama atenção no bilhete, e que justamente dá título a este surpreendente documentário, é o fato dele se autonomear um Solitário Anônimo.

Solitário Anônimo


Sinopse
Um idoso deitado na grama à espera da morte. No bolso, um bilhete anunciava ser de terras distantes. Não havia documentos ou posses. Seu desejo era morrer solitário e anônimo. Esse é o início do documentário que conta a impressionante história de um homem obstinado a planejar e controlar sua morte. É um filme sobre a liberdade, a vida e a morte.

Gênero Documentário
Diretor Debora Diniz
Ano 2007
Duração 18 min
Cor Colorido
País Brasil