'Jogo de Cena' é homenagem às mulheres
por Márcio Garoni
Um anúncio no jornal, convidando mulheres a contarem suas histórias de vida para a gravação de um filme; atrizes convidadas para interpretar essas declarações reais; Eduardo Coutinho na direção. O resultado é Jogo de Cena, documentário sensível sobre a vida. Que imita a arte, que imita a vida.
O filme prova que uma idéia simples pode se transformar em obra-prima. Nada é muito fora do comum. Coutinho extrai das personagens fortes declarações, como sempre faz. As entrevistadas são sinceras, não fazem pose para a câmera, como se espera. As atrizes - entre elas Andréa Beltrão, Marília Pêra e Fernanda Torres - dão uma aula de atuação, o que também não é novidade. Tudo isso filmado no palco de um teatro, com apenas uma câmera e duas cadeiras.
As atuações são tão verossímeis que, excluindo as atrizes conhecidas, é difícil perceber se é uma atriz ou uma pessoa "real" que está falando. O diretor brinca com isso na edição, às vezes mostrando a atriz antes da entrevistada.
Jogo de Cena confirma a tese de que a realidade é tão cativante quanto a ficção. Não será exagero derramar algumas lágrimas durante o filme. É uma sincera homenagem às mulheres entrevistadas, às atrizes, à mulher brasileira.
Outra brincadeira de Eduardo Coutinho: no filme aparecem 12 mulheres, seis atrizes e seis entrevistadas. No entanto, são cinco as mulheres que têm uma correspondente atuando. As duas que sobram contam cada uma sua história. É uma grande surpresa quando, no final de um depoimento carregado de emoção, a mulher vem à câmera e diz: "Foi assim que ela disse".
Fonte: Overmundo
Jogo de Cena - Trailer
6 comentários:
o coutinho é de foder
Pô, concordo! Esse é o Cara!
Este documentário é maravilhoso!
Eu fui ao cinema e tive o grande prazer de vê-lo. Vale à pena, vocês conferirem.
Não há nada mais inovador e original do que Jogo de Cena é claro depois de “Ilha das Flores” de Jorge Furtado.
O documentário mais aclamado e esperado do ano. Excepcionalmente bem montado e esquematizado. Trata-se do que a de mais inovado e moderno no mercado cinematográfico nacional, dando outra identidade á maneira de se produzir documentários no Brasil. Atravessando todas as barreiras e a linguagem de ser expressar.
O Coutinho é sem dúvida nenhuma o melhor documentarista brasileiro e, ouso dizer, do mundo. Inclusive, nossa televisão era melhor quando o tinha na produção de programas como o Globo Repórter, isso bem antes desse tipo de atração tornar-se mero reprodutor de programas sobre "bichinhos".
Postar um comentário