quarta-feira, 16 de abril de 2008

Festival Cubano de Cinema Pobre

Já abriu suas portas festival cubano de Cinema Pobre

Gibara, Cuba, 15 abr (acn) Com a exibição do filme Personal belongings (Efeitos pessoais), de Alejandro Brugués, prêmio de maqueta da edição anterior, começou nesta segunda-feira, o VI Festival Internacional de Cinema Pobre de Cuba, que tem por sede, a localidade oriental de Gibara.

Agência Cubana de Notícias

Em total são 100 filmes de uns 20 países, que tem por característica básica a austeridade econômica e a ausência dos padrões do cinema comercial e globalizado. Segundo os dados fornecidos pelo comitê organizador, o número de participantes neste ano aumentou com relação ao anterior, o que mostra uma tendência de crescimento, graças aos valores que defende o certame fílmico.

Entre as principais categorias de competição estão a ficção em suas modalidades de curta, longa e média-metragem, documentários, roteiros, maquetas de projetos, obras experimentais e videoarte.

Fundado em 2001, o saldo destes anos foi frutífero, em opinião do presidente do festival, o realizador Humberto Solás, que o definiu como um “refúgio para os cineastas alternativos que emergem à margem dos grandes estudos com produções guiadas pela bússola da comercialização”.

“Conseguimos um espaço autônomo, comunitário, sustentado pela diversidade, aberto a todos os temas e com um requisito único: a ausência de concessões e a qualidade”, disse Solaz em recentes declarações à mídia.

Por sua vez, o filme da abertura Personal belongings, foi galardoado em Gibara em 2007 com o prêmio Swiss effects, consistente em seu “transfer” a negativo de 35 milímetros – requisito indispensável para sua projeção na tela grande e em circuitos e festivais internacionais.

Para Brugués foi o princípio de um caminho cujo primeiro resultado se concretizou no passado Festival do Novo Cinema Latino-americano de Havana, onde obteve o terceiro Coral à melhor ópera-prima.

Mas o Festival além de cinema e as artes audiovisuais, inclui, aliás, a música, a literatura e a pintura. No programa aparecem concertos e exposições com obras de destacadas figuras da ilha como Agustín Bejarano e Cosme Proenza.

Também há planejados espaços de reflexão e análise, de traçado de estratégias e redes que unam os cineastas que o apostam tudo ao cinema concebido como um risco e uma aventura artística. Um cinema edificado sobre orçamentos às vezes hilários, decidido a abrir-se passo ante a escalada das indústrias multinacionais, que combata a violência que impera e se torne em voz dos grupos sociais ignorados.

Fonte: ACN

2 comentários:

Vanuza Pantaleão disse...

Muito interessante essa notícia, pois o Cinema Cubano sempre me encantou. Valeu Yerko! Vanuza

Yerko Herrera disse...

O legal é que o povo lá gosta mesmo de cinema. Valeu, Vanuza!